Biblos 2000
Autora: Maria José Resmer - DIDOB
O Biblos 2000 ocorreu em Belo Horizonte, de 10 a 15 de abril e incluiu entre outras atividades o 2º Congresso Latino-Americano de Biblioteconomia e Documentação, 17º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, Reunião Latino-Americana de Usuários de Microisis e Encontro de Bibliotecários da Língua Portuguesa.
Entre os vários assuntos que foram discutidos e apresentados vamos citar aqui, de forma genérica, os que consideramos devem nos afetar no dia-a-dia ou num futuro próximo.
1. Informação e Qualidade
A primeira parte do Congresso foi inteiramente dedicada a Informação e Qualidade.
A administração dos serviços de informação deve utilizar o Controle Total da Qualidade, tendo em mente que a informação é também um bem econômico.
Não basta que as unidades de informação possuam apenas qualidade aparente, ou seja, que sua coleção esteja organizada tecnicamente. É preciso que seus produtos e serviços tenham uma qualidade real e que apresentem um valor agregado.
Outro ponto fundamental é trabalhar a informação com precisão, ou seja, aquelas consideradas de peso para a Instituição e não o simples acúmulo de dados.
Além disso, é importante levar em consideração a cordialidade no trato com os clientes, pois é por meio da excelência que a unidade terá capacidade para atender aos seus clientes com maior qualidade.
Finalmente, o estilo gerencial na implantação de um sistema de qualidade em unidades de informação deve ser participativo, no qual a satisfação do grupo é preponderante sobre a satisfação individual.
2. Encontro Latino-Americano de Usuários de Microisis
A CELEPAR teve um interesse especial em se fazer representar neste Encontro, pois participa da Câmara Técnica de Padronização, Normalização e Automação de Acervos Documentais do Sistema Estadual de Informações - SEI, que deve recomendar a utilização do software Microisis nos serviços de automação de acervos bibliográficos.
O que pudemos observar aqui foi um grande número de usuários interessados em novidades de versões e aplicações de Microisis, especialmente em ISISPAS (Pascal do Microisis).
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT, instituição responsável pela distribuição deste software, informou que está distribuindo a versão UNIX para SCO ou AT&T além da versão 3.6 para VAX que funciona no sistema VMS 5.4 ou superiores.
O IBICT confirmou a intenção da UNESCO em liberar para o ano de 1995 a versão completa em Windows, uma vez que o módulo de recuperação já foi desenvolvido.
Também foi sugerida a incorporação de novas tecnologias ao software, como a arquitetura cliente/servidor.
Foram ainda apresentados vários utilitários e aplicativos em Microisis, além de um breve relato das atuações dos Grupos de Usuários, inclusive do Estado do Paraná - coordenado pela CELEPAR, e da nossa atuação na Câmara Técnica do SEI. Na oportunidade foi entregue a Base de Dados INFOBRASIL aos Coordenadores de Grupos de Usuários presentes.
3. Últimas Tendências
Nas diversas palestras que assistimos, observamos uma grande preocupação com o acesso a bases de dados através de redes automatizadas. Estas redes permitem acesso a diferentes bases de dados no Brasil e no exterior.
A rede Internet foi destaque, inclusive com a realização de uma teleconferência sobre a mesma, enfocando o aspecto de conexão interativa a rede remota, além de correio eletrônico e transferência de arquivos.
O IBICT também informou que as suas bases de dados estão disponíveis através da RENPAC no Sistema Público de Acesso a Bases de Dados (SPA), além de bases de outras instituições participantes como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Comissão Nacional de Energia Nuclear, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Fundação Getúlio Vargas e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde.
Aqui foi muito discutido o papel do bibliotecário como agente de ligação entre o usuário e as fontes de informação, onde o importante é a RAPIDEZ de acesso às bases e a PRECISÃO da informação.
Outra preocupação foi o aumento do número de publicações em forma eletrônica como disquetes e o CD-ROM. Este tipo de material, além de necessitar de tratamento diferenciado, torna-se cada vez mais importante nas instituições, uma vez que armazena um grande número de informações de interesse aos Centros de Informação, como enciclopédias e artigos de periódicos.
Finalmente, deve existir uma grande preocupação, a nível político e profissional, com relação ao Mercosul. As instituições devem se preparar para ingressar neste mercado, principalmente com relação a qualidade (normas e padrões) dos serviços de acesso à informação prestados pelos países membros.
Algo semelhante já está sendo feito no Mercado Comum Europeu que criou, através de um Decreto dos Ministros da Europa em 26.07.88, o Observatório do Mercado de Informação (OMI), com o objetivo de monitorar os desenvolvimentos e tendências mais significativos no mercado europeu dos serviços de informação eletrônica.
A DIDOB dispõe em seu acervo de publicações sobre Informação e Qualidade adquiridos no Congresso de Biblioteconomia, bem como os Anais do Biblos 2000, que estão à disposição para consulta. Na Biblioteca também é possível acessar as bases de dados disponíveis na Rede Nacional de Pesquisa (RNP), através da Internet via terminal.
Referências Bibliográficas
01. BOTELHO, Tania Mara; BATISTA, Sofia Galvão; AMARAL, Sueli Angelica do. Informação e sociedade: uma sociedade inteligente em transformação. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO (1994: Belo Horizonte). Anais... Belo Horizonte: ABMG, 1994. p.438-467.
02. MIRANDA, Antonio. A evolução do conceito de redes automatizadas de acesso a informação e ao documento primário: o caso do SPA. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO (1994: Belo Horizonte). Anais... Belo Horizonte: ABMG, 1994. p. 294-303.
03. OLIVEIRA, Sara; FERRAZ, Reinaldo. O setor de serviços e a qualidade total. Brasília: IBICT, 1992. 27 p.
04. PINTO, Virgínia Bentes. Informação: a chave para a qualidade total. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 2, p. 133-137, maio/ago. 1993.
05. ROCHA, Eliana da Conceição; GOMES, Suely Henrique de A. Gestão da qualidade em unidades de informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 2, p. 142-152, maio/ago. 1993.
O Biblos 2000 ocorreu em Belo Horizonte, de 10 a 15 de abril e incluiu entre outras atividades o 2º Congresso Latino-Americano de Biblioteconomia e Documentação, 17º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, Reunião Latino-Americana de Usuários de Microisis e Encontro de Bibliotecários da Língua Portuguesa.
Entre os vários assuntos que foram discutidos e apresentados vamos citar aqui, de forma genérica, os que consideramos devem nos afetar no dia-a-dia ou num futuro próximo.
1. Informação e Qualidade
A primeira parte do Congresso foi inteiramente dedicada a Informação e Qualidade.
A administração dos serviços de informação deve utilizar o Controle Total da Qualidade, tendo em mente que a informação é também um bem econômico.
Não basta que as unidades de informação possuam apenas qualidade aparente, ou seja, que sua coleção esteja organizada tecnicamente. É preciso que seus produtos e serviços tenham uma qualidade real e que apresentem um valor agregado.
Outro ponto fundamental é trabalhar a informação com precisão, ou seja, aquelas consideradas de peso para a Instituição e não o simples acúmulo de dados.
Além disso, é importante levar em consideração a cordialidade no trato com os clientes, pois é por meio da excelência que a unidade terá capacidade para atender aos seus clientes com maior qualidade.
Finalmente, o estilo gerencial na implantação de um sistema de qualidade em unidades de informação deve ser participativo, no qual a satisfação do grupo é preponderante sobre a satisfação individual.
2. Encontro Latino-Americano de Usuários de Microisis
A CELEPAR teve um interesse especial em se fazer representar neste Encontro, pois participa da Câmara Técnica de Padronização, Normalização e Automação de Acervos Documentais do Sistema Estadual de Informações - SEI, que deve recomendar a utilização do software Microisis nos serviços de automação de acervos bibliográficos.
O que pudemos observar aqui foi um grande número de usuários interessados em novidades de versões e aplicações de Microisis, especialmente em ISISPAS (Pascal do Microisis).
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT, instituição responsável pela distribuição deste software, informou que está distribuindo a versão UNIX para SCO ou AT&T além da versão 3.6 para VAX que funciona no sistema VMS 5.4 ou superiores.
O IBICT confirmou a intenção da UNESCO em liberar para o ano de 1995 a versão completa em Windows, uma vez que o módulo de recuperação já foi desenvolvido.
Também foi sugerida a incorporação de novas tecnologias ao software, como a arquitetura cliente/servidor.
Foram ainda apresentados vários utilitários e aplicativos em Microisis, além de um breve relato das atuações dos Grupos de Usuários, inclusive do Estado do Paraná - coordenado pela CELEPAR, e da nossa atuação na Câmara Técnica do SEI. Na oportunidade foi entregue a Base de Dados INFOBRASIL aos Coordenadores de Grupos de Usuários presentes.
3. Últimas Tendências
Nas diversas palestras que assistimos, observamos uma grande preocupação com o acesso a bases de dados através de redes automatizadas. Estas redes permitem acesso a diferentes bases de dados no Brasil e no exterior.
A rede Internet foi destaque, inclusive com a realização de uma teleconferência sobre a mesma, enfocando o aspecto de conexão interativa a rede remota, além de correio eletrônico e transferência de arquivos.
O IBICT também informou que as suas bases de dados estão disponíveis através da RENPAC no Sistema Público de Acesso a Bases de Dados (SPA), além de bases de outras instituições participantes como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Comissão Nacional de Energia Nuclear, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Fundação Getúlio Vargas e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde.
Aqui foi muito discutido o papel do bibliotecário como agente de ligação entre o usuário e as fontes de informação, onde o importante é a RAPIDEZ de acesso às bases e a PRECISÃO da informação.
Outra preocupação foi o aumento do número de publicações em forma eletrônica como disquetes e o CD-ROM. Este tipo de material, além de necessitar de tratamento diferenciado, torna-se cada vez mais importante nas instituições, uma vez que armazena um grande número de informações de interesse aos Centros de Informação, como enciclopédias e artigos de periódicos.
Finalmente, deve existir uma grande preocupação, a nível político e profissional, com relação ao Mercosul. As instituições devem se preparar para ingressar neste mercado, principalmente com relação a qualidade (normas e padrões) dos serviços de acesso à informação prestados pelos países membros.
Algo semelhante já está sendo feito no Mercado Comum Europeu que criou, através de um Decreto dos Ministros da Europa em 26.07.88, o Observatório do Mercado de Informação (OMI), com o objetivo de monitorar os desenvolvimentos e tendências mais significativos no mercado europeu dos serviços de informação eletrônica.
A DIDOB dispõe em seu acervo de publicações sobre Informação e Qualidade adquiridos no Congresso de Biblioteconomia, bem como os Anais do Biblos 2000, que estão à disposição para consulta. Na Biblioteca também é possível acessar as bases de dados disponíveis na Rede Nacional de Pesquisa (RNP), através da Internet via terminal.
Referências Bibliográficas
01. BOTELHO, Tania Mara; BATISTA, Sofia Galvão; AMARAL, Sueli Angelica do. Informação e sociedade: uma sociedade inteligente em transformação. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO (1994: Belo Horizonte). Anais... Belo Horizonte: ABMG, 1994. p.438-467.
02. MIRANDA, Antonio. A evolução do conceito de redes automatizadas de acesso a informação e ao documento primário: o caso do SPA. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO (1994: Belo Horizonte). Anais... Belo Horizonte: ABMG, 1994. p. 294-303.
03. OLIVEIRA, Sara; FERRAZ, Reinaldo. O setor de serviços e a qualidade total. Brasília: IBICT, 1992. 27 p.
04. PINTO, Virgínia Bentes. Informação: a chave para a qualidade total. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 2, p. 133-137, maio/ago. 1993.
05. ROCHA, Eliana da Conceição; GOMES, Suely Henrique de A. Gestão da qualidade em unidades de informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 2, p. 142-152, maio/ago. 1993.