CASE - Tudo o que você queria saber sobre CASE e tinha vergonha de perguntar
Autora: Maria Alexandra V. C. da Cunha
Todos já ouvimos falar em CASE. E o que é esse negócio de CASE? Será que é algum remédio Contra Analistas Serem Esquisitos? Tentamos neste artigo responder às perguntas que eventualmente você poderia ter a respeito.
1. O QUE É CASE?
CASE - Computer Alded Software Engineering.
Ferramenta automatizada de desenvolvimento para construir modelos que descrevam o negócio e o planejamento à implementação. Combinação de ferramentas de software e metodologias estruturadas de desenvolvimento de software.
2. MUITO COMPLICADO DÁ PARA RESUMIR?
Dá. CASE é software para apoiar o desenvolvimento de sistemas.
Software para fazer software.
3. O QUE OS CASE OFERECEM?
Os produtos CASE oferecem ao usuário um conjunto de ícones (formas que podem ser utilizadas na criação de desenhos) e um "mouse" para selecionar os ícones.
4. ENTÃO ELES AJUDAM A FAZER OS MODELOS.DFDs POR EXEMPLO?
Não. A capacidade gráfica desses produtos é a parte mais visível e mais "sexy", porém é apenas um dos recursos.
5. O QUE MAIS ELES OFERECEM?
- Suporte gráfico para múltiplos tipos de modelos: DFDs e Diagramas de Entidades Relacionamentos, em vários tipos de notação (Gane, Tom de Marco,...)
- Recursos de verificação de erros para garantir a correção dos modelos.
- Referências cruzadas dos diferentes modelos.
- Dicionários de Dados, onde descrevemos os componentes dos modelos.
- Suporte adicional em Engenharia de Software.
- Geração de código (codificação de programa).
6. QUE TIPO DE VERIFICAÇÃO DE ERROS?
Por exemplo, em um DFD, o CASE verificar se todos os fluxos têm nome, e se todos estão descritos no Dicionário de Dados, verifica se todos os processos têm pelo menos uma saída (senão são buracos negros que devoram informações mas não produzem nada). Enfim, o CASE poupa trabalho de verificação básica ao analista.
7. COMO TECNOLOGIA, O CASE VAI PEGAR?
Existem empresas nos EUA, como a Hartford Insurance Group, que já tem mais de 600 estações de trabalho instaladas. Esta empresa apresentou uma melhora de produtividade em torno de 40%, só com o apoio gráfico instalado.
Para que você tenha uma idéias da utilização de CASE no Brasil, perguntamos ao distribuidor em Curitiba do PC-CASE, um produto brasileiro (IBPI - Instituto Brasileiro de Pesquisa em Informática), quais os clientes importantes onde já têm cópias instaladas. Veja que isto é apenas um dos CASES do mercado, existem dezenas de outros!
No Paraná: Paraná Refrigerantes (Coca-Cola), Petrobrás, Telepar, Equitel, Caixa Econômica, Banco do Brasil, IAM.
No Brasil: Banco do Brasil, Vale do Rio Doce, Embraer, Aeronáutica, Banco Econômico, Banco Mercantil, Prodesp, Prodasen, Citybank, Dataprev, Price, Sadia, Telemig, Telerj, Mesbla, Embratel, Furnas, IBGE, IBM, Unicamp e outras Universidades, Villares, etc.
8. O CASE FORA UMA METODOLOGIA?
Os CASE suportam diferentes tipos de metodologia, GANE/SARSON, YORDON/TOM DE MARCO, WARNIER-ORR, para citar apenas algumas das mais conhecidas.
9. NÃO VAI SER UMA CAMISA-DE-FORÇA?
VAI SUPORTAR A NOSSA METODOLOGIA?
Temos que buscar um CASE que não seja "fechado" a uma metodologia, e que suporte a nossa. Os analistas da Celepar que conheçam ou GANE ou YORDON/TOM DE MARCO não encontrarão problemas para utilizar a maioria dos CASE do mercado.
10. O QUE É UMA ESTAÇÃO CASE?
Quando falamos em estação CASE para ambiente PC normalmente imaginamos, além do software, o seguinte hardware:
- Processador 386
- Vídeo com boa resolução gráfica (VGA)
- Impressora
- Mouse
- Winchester
- Memória de no mínimo 1 MB
Muito provavelmente um CASE rodará num ambiente como este, mas existem CASE que exigem consideravelmente menos recursos. Alguns rodam em 286, outros até em XT, alguns não necessitam de 1 MB (40KB) e nem de MOUSE. No entanto, para aproveitar melhor todas as potencialidades gráficas de um CASE, um ambiente 386 é desejável. Podemos encontrar ainda outras variações, existem CASEs que rodam em ambiente WINDOWS, outros ambientes DOS, por exemplo.
11. AS ESTAÇÕES AUTOMATIZADAS NÃO DISTRIBUIRÃO A CRIATIVIDADE DOS DESENVOLVEDORES DE SOFTWARE?
Ao contrário. O CASE permitirá que o analista de sistemas gaste mais tempo inventando mais modelos que preencham os requisitos do usuário. Vai torná-lo mais criativo.
O CASE está para o analista como o lápis, o papel e uma prancheta estão para o desenhista.
12. O CASE GARANTE O AUMENTO DE PRODUTIVIDADE?
Apesar das melhores ferramentas e suporte, as fraquezas humanas, como desânimo, insegurança e desmotivação, impedem o sucesso, de um projeto de informática. No entanto vale a pena apostar que em casa de ferreiro nem sempre espeto de pau - Por que não usarmos software para fazer software?
13. A CELEPAR PODE SUPORTAR O CUSTO DAS ESTAÇÕES CASE?
A gente diria que a Celepar não pode suportar o custo de seus analistas não utilizarem essas estações.
14. QUANDO A CELEPAR VAI TER ESTAÇÕES CASE?
A Disud tem durante este ano de 1991, projetos para:
1) Montar os requisitos para avaliação de CASE.
2) Avaliação de CASEs e
3) Compra de no mínimo uma estação.
Claro que dependemos de recursos financeiros, tanto para o software como para o hardware necessário à estação CASE.
15. MAIS ALGUMA COISA A DIZER SOBRE CASE?
Sim. As empresas que já tem o seu uso desta tecnologia consolidada (3,4 ou 5 anos) dão um conselho às empresas que ainda não começarem:
- Comecem já, e devagar!
Comecem já, isto quer dizer que é necessário alguma experiência com o CASE antes de começar a usufruir dos benefícios que ele traz (treinamento é necessário). Mesmo que não tenhamos implantação em larga escala prevista, é necessário começar já para adquirir experiência.
Devagar, no sentido de começarmos com um projeto, para testarmos e experimentarmos a nova ferramenta, todos os seus benefícios e adequação à empresa, antes de o difundirmos para todos os analistas.
INFORMAÇÕES
Você chegou a final da leitura e a sua pergunta sobre CASE não foi respondida. Não se acanhe, fale com o Luiz ou Xana no ramal 295, ou venha conversar com a gente na Disud.
Bibliografia
Yourdon, "Análise Estruturada Moderna", RJ: Campus, 1990, apêndice A: Ferramentas automatizadas.
Gibson, Michael Lucas - "The CASE Philosophy" Byte, In Depth, Abril/89.
Carma McClare, "The CASE Experience", Byte, In Depth, April 1989, p. 233.
Todos já ouvimos falar em CASE. E o que é esse negócio de CASE? Será que é algum remédio Contra Analistas Serem Esquisitos? Tentamos neste artigo responder às perguntas que eventualmente você poderia ter a respeito.
1. O QUE É CASE?
CASE - Computer Alded Software Engineering.
Ferramenta automatizada de desenvolvimento para construir modelos que descrevam o negócio e o planejamento à implementação. Combinação de ferramentas de software e metodologias estruturadas de desenvolvimento de software.
2. MUITO COMPLICADO DÁ PARA RESUMIR?
Dá. CASE é software para apoiar o desenvolvimento de sistemas.
Software para fazer software.
3. O QUE OS CASE OFERECEM?
Os produtos CASE oferecem ao usuário um conjunto de ícones (formas que podem ser utilizadas na criação de desenhos) e um "mouse" para selecionar os ícones.
4. ENTÃO ELES AJUDAM A FAZER OS MODELOS.DFDs POR EXEMPLO?
Não. A capacidade gráfica desses produtos é a parte mais visível e mais "sexy", porém é apenas um dos recursos.
5. O QUE MAIS ELES OFERECEM?
- Suporte gráfico para múltiplos tipos de modelos: DFDs e Diagramas de Entidades Relacionamentos, em vários tipos de notação (Gane, Tom de Marco,...)
- Recursos de verificação de erros para garantir a correção dos modelos.
- Referências cruzadas dos diferentes modelos.
- Dicionários de Dados, onde descrevemos os componentes dos modelos.
- Suporte adicional em Engenharia de Software.
- Geração de código (codificação de programa).
6. QUE TIPO DE VERIFICAÇÃO DE ERROS?
Por exemplo, em um DFD, o CASE verificar se todos os fluxos têm nome, e se todos estão descritos no Dicionário de Dados, verifica se todos os processos têm pelo menos uma saída (senão são buracos negros que devoram informações mas não produzem nada). Enfim, o CASE poupa trabalho de verificação básica ao analista.
7. COMO TECNOLOGIA, O CASE VAI PEGAR?
Existem empresas nos EUA, como a Hartford Insurance Group, que já tem mais de 600 estações de trabalho instaladas. Esta empresa apresentou uma melhora de produtividade em torno de 40%, só com o apoio gráfico instalado.
Para que você tenha uma idéias da utilização de CASE no Brasil, perguntamos ao distribuidor em Curitiba do PC-CASE, um produto brasileiro (IBPI - Instituto Brasileiro de Pesquisa em Informática), quais os clientes importantes onde já têm cópias instaladas. Veja que isto é apenas um dos CASES do mercado, existem dezenas de outros!
No Paraná: Paraná Refrigerantes (Coca-Cola), Petrobrás, Telepar, Equitel, Caixa Econômica, Banco do Brasil, IAM.
No Brasil: Banco do Brasil, Vale do Rio Doce, Embraer, Aeronáutica, Banco Econômico, Banco Mercantil, Prodesp, Prodasen, Citybank, Dataprev, Price, Sadia, Telemig, Telerj, Mesbla, Embratel, Furnas, IBGE, IBM, Unicamp e outras Universidades, Villares, etc.
8. O CASE FORA UMA METODOLOGIA?
Os CASE suportam diferentes tipos de metodologia, GANE/SARSON, YORDON/TOM DE MARCO, WARNIER-ORR, para citar apenas algumas das mais conhecidas.
9. NÃO VAI SER UMA CAMISA-DE-FORÇA?
VAI SUPORTAR A NOSSA METODOLOGIA?
Temos que buscar um CASE que não seja "fechado" a uma metodologia, e que suporte a nossa. Os analistas da Celepar que conheçam ou GANE ou YORDON/TOM DE MARCO não encontrarão problemas para utilizar a maioria dos CASE do mercado.
10. O QUE É UMA ESTAÇÃO CASE?
Quando falamos em estação CASE para ambiente PC normalmente imaginamos, além do software, o seguinte hardware:
- Processador 386
- Vídeo com boa resolução gráfica (VGA)
- Impressora
- Mouse
- Winchester
- Memória de no mínimo 1 MB
Muito provavelmente um CASE rodará num ambiente como este, mas existem CASE que exigem consideravelmente menos recursos. Alguns rodam em 286, outros até em XT, alguns não necessitam de 1 MB (40KB) e nem de MOUSE. No entanto, para aproveitar melhor todas as potencialidades gráficas de um CASE, um ambiente 386 é desejável. Podemos encontrar ainda outras variações, existem CASEs que rodam em ambiente WINDOWS, outros ambientes DOS, por exemplo.
11. AS ESTAÇÕES AUTOMATIZADAS NÃO DISTRIBUIRÃO A CRIATIVIDADE DOS DESENVOLVEDORES DE SOFTWARE?
Ao contrário. O CASE permitirá que o analista de sistemas gaste mais tempo inventando mais modelos que preencham os requisitos do usuário. Vai torná-lo mais criativo.
O CASE está para o analista como o lápis, o papel e uma prancheta estão para o desenhista.
12. O CASE GARANTE O AUMENTO DE PRODUTIVIDADE?
Apesar das melhores ferramentas e suporte, as fraquezas humanas, como desânimo, insegurança e desmotivação, impedem o sucesso, de um projeto de informática. No entanto vale a pena apostar que em casa de ferreiro nem sempre espeto de pau - Por que não usarmos software para fazer software?
13. A CELEPAR PODE SUPORTAR O CUSTO DAS ESTAÇÕES CASE?
A gente diria que a Celepar não pode suportar o custo de seus analistas não utilizarem essas estações.
14. QUANDO A CELEPAR VAI TER ESTAÇÕES CASE?
A Disud tem durante este ano de 1991, projetos para:
1) Montar os requisitos para avaliação de CASE.
2) Avaliação de CASEs e
3) Compra de no mínimo uma estação.
Claro que dependemos de recursos financeiros, tanto para o software como para o hardware necessário à estação CASE.
15. MAIS ALGUMA COISA A DIZER SOBRE CASE?
Sim. As empresas que já tem o seu uso desta tecnologia consolidada (3,4 ou 5 anos) dão um conselho às empresas que ainda não começarem:
- Comecem já, e devagar!
Comecem já, isto quer dizer que é necessário alguma experiência com o CASE antes de começar a usufruir dos benefícios que ele traz (treinamento é necessário). Mesmo que não tenhamos implantação em larga escala prevista, é necessário começar já para adquirir experiência.
Devagar, no sentido de começarmos com um projeto, para testarmos e experimentarmos a nova ferramenta, todos os seus benefícios e adequação à empresa, antes de o difundirmos para todos os analistas.
INFORMAÇÕES
Você chegou a final da leitura e a sua pergunta sobre CASE não foi respondida. Não se acanhe, fale com o Luiz ou Xana no ramal 295, ou venha conversar com a gente na Disud.
Bibliografia
Yourdon, "Análise Estruturada Moderna", RJ: Campus, 1990, apêndice A: Ferramentas automatizadas.
Gibson, Michael Lucas - "The CASE Philosophy" Byte, In Depth, Abril/89.
Carma McClare, "The CASE Experience", Byte, In Depth, April 1989, p. 233.