Autora: Shayenne Caldeira - Estagiária da GPS 

Foto atual do "Caminho do Colono".

O Caminho do Colono é uma estrada que existe desde 1924 e liga os municípios paranaenses de Serranópolis do Iguaçu (Oeste) e Capanema (Sudoeste).

Em setembro de 1986, o Caminho do Colono foi interditado. Mas, em maio de 1997, houve uma mobilização histórica, onde mais de 40.000 pessoas participaram e conseguiram a reabertura do caminho.

O motivo de tanto fervor para que o caminho fosse reaberto é a distância. A volta pelo contorno do parque tem a distância de 200 km e, para se chegar ao mesmo destino através do Caminho do Colono, a distância é de apenas 17 km. Além disto, o caminho sempre foi uma forma de aproximação das famílias, promovendo o intercâmbio cultural e o aumento nas atividades econômicas e do turismo local.

Mapa do Parque do Iguaçu, mostrando em preto: o contorno de 200 Km (linha pontilhada), e o "Caminho do Colono" com 17 km (linha contínua).

Porém, o problema do Caminho do Colono é outro. Há uma preocupação enorme com a fauna do parque, que teria impedida sua passagem livre de um lado para o outro do parque em conseqüência desta estrada. Este fator poderá levar à extinção de certos animais que necessitam de uma área ampla para garantir sua sobrevivência.

Para tentar melhorar a vida do homem sem alterar o meio ambiente da fauna do parque, foi criada uma solução. A solução seria a construção de um túnel superior com arcos em concreto armado e recoberto de terra para que a flora local se recomponha acima do túnel. Assim, a flora e a fauna estariam protegidas e, ao mesmo tempo, a vida das pessoas seria facilitada, pois não teriam de contornar o parque. Essa solução garantiria o aumento do tráfego local gerado pelo turismo crescente e também deixaria livre a passagem acima do túnel para a fauna local, sem interferir no tamanho do parque.

Foto feita para a multimídia, mostrando o Parque Iguaçu - e os animais que compõem a sua fauna e flora e que estariam ameaçados.

Um aplicativo foi feito com intuito de demonstrar aos órgãos superiores, principalmente para o Ministro da Cultura, o perigo iminente que sofreria o parque, caso não fosse dada uma solução viável e definitiva, pois uma ameaça feita pelos que se opõem ao fechamento do caminho seria o incêndio do parque. Isto causaria uma perda irreparável, não só por se constituir em patrimônio da humanidade, como também poria em risco diversos animais, alguns em processo de extinção, bem como a flora existente no local.

Esta obra tem o aval da Unesco e é financiada pelo Banco Mundial, o que tornou o projeto viável. A obra estaria dentro dos padrões ecológicos, tendo em vista o estudo dos filtros ao longo do caminho, como a estrada independente do túnel, o recapeamento de dois metros de terra acima, causando uma elevação mínima para que não haja percepção para a fauna local. Desta forma, os animais, que necessitam de uma determinada área para constituir seu território, não seriam afetados.

A partir dos dados obtidos foi desenvolvida uma apresentação em multimídia com a utilização do software Flash 5.0 da Macromedia. Este software foi o mais adequado para atender aos efeitos pedidos pelos técnicos para que houvesse uma aproximação real do problema em si.

Através da definição do problema e da solução, foi necessário criar uma seqüência explicativa, mostrando a atual situação da Estrada do Colono e como seria o processo de construção e execução do projeto.

Para essa multimídia, foram utilizados, além do Flash 5.0, o Corel Draw 9 e o Photoshop 5.5, que possibilitaram o tratamento de imagens, como fotos do caminho do colono e de animais que compõem a fauna do parque. Com o Flash 5.0, foi possível montar todo o processo de animação da construção e reflorestamento acima do túnel, assim como o tráfego pela estrada.

O CD gerado por este aplicativo foi enviado para a Universitée Du Sourbonne, em Paris, onde está localizado o órgão da Unesco para a apreciação do problema.

Esboço de como seria o projeto "Caminho do Colono", depois da obra concluída.