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Já se fez menção aqui ao primeiro sistema em TP, o de Informações Estatísticas - SIE, do antigo Departamento Estadual de Estatística. Quando instalado, a rede de teleprocessamento da CELEPAR era composta por 2 terminais e 1 impressora, nos idos de 1976.
Hoje vai se falar sobre uma família de sistemas cuja origem (o vovô da turma) foi o ACO, sigla simpática que queria dizer Acompanhamento de Obras do Governo. Diz a propaganda que a gente não esquece o primeiro sistema, pois este foi o meu primeiro trabalho como recém promovido a analista de sistemas. A época era 1977, e a nossa rede de teleprocessamento já contava com 7 (SETE!) terminais e umas duas ou três impressoras. Estávamos crescendo, e rápido.
Ele nasceu como um subproduto do SIE e, em cerca de 2 meses, ganhou autonomia, força, sopro vital, elã. O que se iniciou como tentativa tímida, galgou os escalões de governo e passou a ser a menina dos olhos da turma. O cliente na época era a Coordenadoria de Informações Técnicas - CIT, órgão da Secretaria do Plane-jamento, a quem cabia manter a sala da situação, que era um local belíssimo, cheia de mapas setoriais e que apresentava uma radiografia do Estado do Paraná.
O objetivo do sistema era cadastrar e acompanhar todas as ações de governo. Nascia uma tradição ainda no governo de Jaime Canet, que perdura até hoje, passando por Ney Braga, Hosken de Novaes, José Richa, João Elísio, Álvaro Dias, Roberto Requião, Mário Pereira e Jaime Lerner: a de existirem sistemas de informação computadorizados que agreguem valores, quantidades, prazos e importâncias das ações de governo.
Eu não participei de todos os sistemas seguintes, pois o ACO logo foi substituído por um melhor e maior, (e o analista "fui" substituído junto, será que por um melhor e maior?), mas de ouvir falar, pode-se fazer a seguinte árvore genealógica.
O ACO teve como sucessor o Sistema de Acompanhamento de Obras - SAO. A partir deste, nasceram o Sistema de Referência de Dados, SRD o Sistema de Acompanhamento de Reivindicações - SAR, Sistema de Ações Setoriais - SAS, Base de Dados do Governo - BDG e o Sistema de Informações Gerenciais - SIG. Este teve como filhotes a Base de Dados do Estado - BDE (que hoje roda no Ipardes) e o Sistema de Informações de Ações do Governo - SIAG. Finalmente, todos juntos deram origem ao Sistema de Realizações Governamentais - SRG, que tem como sucessor atual o Programas de Governo - PRG, sem esquecer o Acompanhamento de Programas de Governo - APA.
O PRG está em últimas tratativas para sua liberação completa. Já roda há vários meses e agrega a tecnologia de ponta que é possível no momento: sistema descentralizado, um pouco em cada unidade e um pouco aqui na CELEPAR. Tem saídas bonitas e compactas diretamente direcionadas para a Internet. Continua sob responsabilidade da Secretaria do Planejamento. A maior dificuldade neste e em todos os sistemas da família nunca foi a informática: sempre foi a alimentação e manutenção dos dados de maneira íntegra e atualizada.
Os sistemas mudaram, mudou a tecnologia e a infra-estrutura, mudou o governo e mudaram os planos de governo. Apenas o objetivo maior permaneceu mais ou menos estável: conhecer as realizações, controlar as ações de governo e prestar contas à sociedade sobre como é gasto o recurso que dela é arrecadado na forma de impostos.
E com este passeio, se encerra a viagem pelos 35 anos de vida bem vivida pela Companhia de Informática do Paraná, que nasceu como Centro Eletrônico de Processamento de Dados do Paraná em 64, virou Companhia de Processamento de Dados do Paraná em 1973 e, finalmente, Companhia de Informática do Paraná já nos anos 80. Só a sigla CELEPAR se manteve e se mantém como referência na informática do Governo do Estado.
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