Código Aberto

Cem por cento livre

 

A Receita Estadual do Paraná adotou o software livre em todas as suas estações. Os funcionários receberam treinamento na suíte de escritório BrOffice, no navegador Mozilla Firefox, no correio eletrônico Expresso Livre e no sistema operacional Linux. Segundo a Receita, a medida visa fazer juz à política da adoção de programas de código aberto encabeçada pelo Governo do Estado.

74%
das 100 maiores empresas de tecnologia do país usam sistema operacional Linux, segundo pesquisa da revista Info, editora Abril.

Adesão

Os governos do Brasil e da Argentina anunciaram durante o FISL 7.0 adesão à Rede Internacional de Administração Pública de Software Livre, coordenada pelo governo da Catalunya, na Espanha. A rede faz parte de uma proposta mundial de colaboração para promoção do software livre. O brasileiro Marcelo Branco (foto), coordenador da Rede na Catalunya, acredita que “as políticas públicas nessa área devem ser inspiradas na lógica da existência da comunidade de software livre: a cooperação”.

Mais informações: http://www.lafarga.org/xarxa/es/presentacion

66%
das empresas usuárias de software livre dizem que a redução de custos é o principal motivo da opção pela tecnologia, revela pesquisa da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex).

72,9%
dos usuários do Orkut são brasileiros, de acordo com o sítio.

Visita

Representantes do Sergipe e Amazonas conheceram a sede da Celepar logo depois da participação no Fisl 7.0, em abril. As equipes do gerente de sistemas da Agetis – Agência de Tecnologia de Informação de Sergipe, Francisco Caldas, e do desenvolvedor da Prodam – Processamento de Dados do Amazonas, Milton Lima, conheceram os trabalhos com o banco de dados PostgreSQL, o Sere – Sistema Estadual de Registro Escolar, a Fábrica de Software, e o portal Dia-a-Dia Educação. “A Celepar é uma referência. Viemos conferir de perto como tudo funciona por aqui, pois queremos fazer o mesmo lá”, comenta Caldas. Ambas as delegações levaram para seus estados de origem o sistema Expresso e a Plataforma Paraná (ou Framework Paraná). “Esperamos, em breve, poder colaborar com o Paraná e ceder nossos projetos também”, conclui Lima.

Vinte anos de praga

Em 1986, o primeiro vírus de computador foi descoberto. Chamava-se Brain. Mas ele não é o primeiro código malicioso a ser construído. A "honra" cabe ao vírus Elk Cloner, escrito por Richard Skrenta, que infectava máquinas Apple II. Vírus do setor de inicialização hoje estão extintos, mas reinaram entre 1986 e 1995. Como a propagação era feita por disquetes, níveis de infecção só se tornariam altos meses ou anos após o lançamento. Isso mudou com os vírus de macro, em 1995, que exploravam falhas em sistemas operacionais. A propagação maciça acontecia até um mês após a primeira detecção. Com a invenção do e-mail surgiram vermes que causavam epidemias globais em um dia, como o ILOVEYOU. Antes de ser controlado, em 1999, causou prejuízos de até US$ 9 bilhões, segundo a mi2g. Em 2001, o tempo de propagação diminuiu para uma hora com a chegada das pragas de rede, como o Blaster e o Sasser. As técnicas empregadas neles ainda são copiadas hoje.

83%
dos computadores vendidos em 2005 no Brasil custavam menos de R$ 2 mil, segundo a empresa de consultoria em tecnologia, ITData

Palpite furado

Graças aos avanços da computação, até mesmo personalidades conhecidas por sua importância no mercado de tecnologia da informação já disseram barbaridades. Ken Olson, o presidente da Digital Equipment Corp., teve contato com um PC em 1977 e afirmou que não haveria razão para alguém querer um computador em casa. Graças a isso, chega a ser difícil acreditar que a empresa se manteve no ramo até 1998, quando foi vendida para a Compaq. O responsável pelo Windows, Bill Gates, soltou a clássica "640 Kb serão suficientes para qualquer um no futuro", em 1981. Quinze anos depois da precisa visão de Gates, a versão mais nova do Windows XP ocupa mais de duas mil vezes a projeção do executivo.

55%
da população brasileira nunca usou um PC, garante o Comitê Gestor da Internet Brasileira.

Vírus para Linux?

Informações da empresa de segurança para computadores Kaspersky dão conta de que hackers criaram um código que é capaz de infectar tanto Linux quanto Windows. Seria o primeiro vírus multiplataforma, se não houvesse controvérsias na história.

O “vírus”, que possui um nome duplo (Virus.Linux.Bi.a / Virus.Win32.Bi.a), é na verdade uma “prova de conceito”, que serve para mostrar que seria possível a construção de um código desses. “O vírus foi escrito em assembler (linguagem antiga e básica, mas que permite um alto grau de detalhamento)”, declarou a Kaspersky. “Agora pode começar uma onda de vírus que rodam tanto em Windows quanto em outros sistemas operacionais ignorados pelos hackers nos últimos anos”. No entanto, no dia 11 o portal de notícias Newsforge, que testou o código, informou que se trata de um “vírus não-viral”: não é contagioso, além de precisar ser executado pelo usuário e só infectar arquivos do mesmo diretório.