Coluna do Estagiário Celepariano
Autor: Fernando Gutierrez Santana ( Estagiário da GPS )
"A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer." (Jeremias 18:1-4.)
Lendo a citação bíblica acima, comecei a pensar sobre os estagiários, o papel das empresas na formação destes estagiários e a responsabilidade que pesa sobre todos aqueles que se propõem a participar desta formação de forma consciente e construtiva.
Tal como o barro, o estudante está pronto para ser moldado e transformado, à espera do oleiro para dar-lhe forma trabalhando cada detalhe, até que se transforme no vaso pretendido, tornando-se apto a desenvolver toda a sua capacidade e prestar o serviço para o qual foi destinado.
Mas, para ser moldado, o barro precisa ser de boa qualidade e estar à disposição do artífice. E o artífice precisa ter vontade de trabalhar o barro.
Então, de um lado, o estagiário deve se dedicar, buscar o aprendizado, aprender a trabalhar na empresa, com a empresa e pela empresa, e, do outro lado, os profissionais que contam com estagiários nas suas equipes devem tratá-los de forma adequada, moldando-os corretamente.
Este "moldar" vai além do simples passar as atividades e, na seqüência, exigir resultados.
Passa pela paciência no orientar, calma no corrigir, seriedade no cobrar e honestidade no avaliar.
Ser "moldável" vai além de ser simplesmente submisso e sujeito a fazer tudo que é mandado. Passa pela paciência no aprender, calma ao ser corrigido, seriedade no executar e honestidade no proceder.
O barro esquecido em um canto, usado de forma inadequada, não disponível ou de difícil manejo, jamais será transformado em um vaso apto a receber flores.
Data Warehouse
Fornecer acesso integrado a múltiplos bancos de dados heterogêneos (com modelos diferentes) e a outras fontes de informação é um dos principais assuntos na área de pesquisa em banco de dados.
Quando se faz uma consulta a um conjunto de fontes integradas, o processo para respondê-la é o seguinte: Após recebida a consulta, o sistema procura o conjunto de fontes necessárias para responder à consulta, gerando comandos e subconsultas a essas fontes. Os resultados obtidos das fontes são, a seguir, traduzidos para o modelo do sistema, filtrados e fundidos para, então, serem enviados ao cliente (usuário ou aplicativo que solucionou a consulta).
Esse processo – chamado de ocioso ou sob-demanda, já que só realiza a busca das informações após a solicitação da consulta – é apropriado para fontes cujas informações mudam rapidamente, quando se operam sobre inúmeras fontes com grande quantidade de informação, ou quando as necessidades do cliente são imprevisíveis. No entanto, o processo de busca, tradução, filtragem, etc., torna-o lento em alguns casos e ineficiente quando as consultas são realizadas múltiplas vezes.
Propõe-se, portanto, uma alternativa para otimizar o acesso às informações nos casos em que essa abordagem não é eficiente. Essa abordagem consiste em selecionar as informações relevantes ao sistema (aquelas que realmente são importantes para os clientes), realizar as consultas sobre essas informações e armazenar o resultado dessas consultas em um repositório central. Portanto, quando solicitada uma consulta, a resposta dessa sairá imediata e automaticamente do repositório para o cliente.
Essa nova abordagem - chamada de ansiosa ou em adiantamento, por realizar as buscas antes que a consulta seja solicitada – requer um novo arranjo do sistema. A arquitetura geral dessa abordagem está ilustrada na figura abaixo.
Essa arquitetura consiste em anexar, a cada fonte de informação do sistema, um mediador. Esse mediador traduz as informações de sua fonte correspondente para o modelo do sistema e envia essa informação traduzida para o integrador. O integrador, por sua vez, filtra e funde os dados recebidos dos mediadores e armazena os dados relevantes em um repositório chamado de data warehouse (armazém de dados).
Quando as fontes sofrem alterações em seus dados, o mediador também relata essa alteração ao integrador. O integrador do sistema, se a alteração afetou uma informação relevante, realiza as devidas consultas e os devidos comandos às fontes necessárias (setas tracejadas), realiza a tradução, filtragem e fusão das informações e envia essa alterações ao data warehouse.
As grandes vantagens do data warehouse, além da performance, é que as informações estão sempre disponíveis ao cliente, haja vista que alterações realizadas nas fontes não bloqueiam o data warehouse. No entanto, isso implica em que o sistema nem sempre retorna o estado mais recente das informações. Além disso, o sistema data warehouse ainda exige maior capacidade de armazenamento do sistema, principalmente por causa do próprio data warehouse.
O conceito data warehouse surge, então, como uma inovação na área de banco de dados por proporcionar alta performance ao acesso a várias fontes de informações integradas (principalmente bancos de dados) e disponibilidade contínua dessas informações.