Coluna do Estagiário Celepariano: A posição de um profissional de informática perante o mercado
Autor: Luis Hernan Contreras Pinochet
As oportunidades para empreendedores brasileiros são praticamente ilimitadas e dentro dessas oportunidades situa-se o profissional de informática. De uma maneira geral esta é uma visão otimista, orientada pela natureza e características que proporcionam a própria área de desenvolvimento.
Hoje estamos vivendo uma economia globalizada, quer dizer que, quando desenvolvemos qualquer tipo de negócio devemos pensar se ele teria sucesso em qualquer canto do mundo. Temos o conhecimento de formação de blocos econômicos que atuam sob regras universalmente aceitas para defender interesses comuns. O Brasil tenta se situar nesse contexto, cada vez mais competitivo e politicamente mais difícil. Especificamente, na área de Informática passamos vários anos com a chamada "Reserva de Mercado", que deu como resultado um grande atraso em relação a outros países. Posteriormente o setor tem-se recuperado rapidamente e hoje é capaz de acompanhar a velocidade dos melhores projetos internacionais, muito embora saibamos que não é o suficiente.
Dentro deste contexto podemos dizer que o profissional de Informática é, de certa forma, privilegiado porque é a área que oferece maiores perspectivas para o futuro. Ao contrário de algumas profissões que aparentam não ter muito futuro, a área de Informática se apresenta como uma das alternativas mais interessantes e desafiadoras num futuro já muito próximo. Nenhuma empresa ou atividade profissional liberal, por exemplo, poderá prescindir de um apoio e/ou suporte fundamental de um bom software e um bom equipamento.
Vejamos o exemplo da Internet, que conseguiu atingir 50 milhões de usuários em um período de 5 anos. A TV levou 13 anos para chegar a essa audiência. O rádio 38 anos.
Além da velocidade no avanço do desenvolvimento nesta área, está a questão custo/benefício: para um banco custa apenas 13 centavos processar uma transação pela WEB. 27 centavos se processada em um caixa eletrônico e mais de um dólar se feita na agência bancária.
Todos estes aspectos positivos em relação às expectativas para o futuro nos permite identificar, também, alguns aspectos negativos que dificultam o desenvolvimento da Informática no nosso país: falta de capital, porque sem dinheiro suficiente não é possível desenvolver tecnologia. Outro problema é o mercado restrito para software. Para enfrentar o mercado global, um requisito básico será aprender a vender o produto. Devemos ser capazes de fazer um marketing eficaz.
"Nosso maior problema não é tecnológico". Afirma: Ivan Moura Campos, secretário de informática e política Industrial do Ministério da Ciência e Tecnologia. O problema essencial, ainda, é a formação acadêmica do profissional de Informática. A maioria das Faculdades forma os alunos como futuros empregados de grandes empresas. Poucas são as Faculdades que oferecem uma preparação efetiva para empreendedores, que é o que realmente o país precisa nas diversas áreas do conhecimento, mesmo vindo este profissional a trabalhar em uma grande empresa.
Importante é para o profissional de Informática acrescentar conhecimentos e experiências em outros países. Buscar especializações nos E.U.A, um ponto de referência obrigatório, para somar à nossa realidade. Conhecer outras línguas, como Inglês ou Espanhol, e estar atento a toda mudança na área que escolhemos para nos dedicar. Só assim podemos esperar que o profissional de Informática esteja num bom nível tecnológico e de atualização compatível com as necessidades do nosso país.
Tudo isto trará, conseqüentemente, um retorno satisfatório não apenas do ponto de vista profissional mas também do ponto de vista financeiro, através de uma remuneração compatível.