Comissão vai Avaliar Empresas do Parque de Software
Autor: Oscar Röcker Netto (ASSESPRO)
A Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (CIC) e a Assespro-PR firmaram no dia 16 de outubro um convênio e criaram uma Comissão de Normas Técnicas para o Parque de Software. A comissão vai criar um mecanismo de avaliação das empresas que pretendem fazer parte do Parque. O objetivo é preservar as características para as quais o Parque foi criado: reunir somente empresas ligadas a software, explica um dos signatários do convênio, o diretor da Assespro, Hartmut August.
O convênio foi assinado pelo presidente da Assespro, Ernesto Santamaria, e pela presidente da CIC, Maria Elisa Ferraz Paciornick. A comissão formada é paritária. Serão três representantes de cada instituição envolvida. Os nomes serão escolhidos e será realizada a primeira reunião de trabalho. "A CIC quer a garantia de que as empresas sejam do ramo; que sua atividade seja ligada realmente ao software", afirmou o coordenador do Projeto Pólo de Software, Jhonnys Marchiorato.
A Comissão vai trabalhar no desenvolvimento de um regulamento no qual constarão as características que as empresas do Parque deverão ter. A empresa só poderá fazer parte do Parque depois de aprovada pela Comissão. "Isso faz parte do esforço de transformar Curitiba num centro de excelência de software", disse August. "A idéia é evitar que o parque se desvirtue."
Marchiorato aponta outra função da comissão: "Como os terrenos são vendidos em condições facilitadas, essa medida pretende evitar a especulação imobiliária no empreendimento". Até agora seis empresas já adquiriram lotes no Parque, que tem 21 lotes ocupáveis, 11 empresas encaminharam pedidos de compra e outras 73 empresas estão cadastradas para fazer parte do condomínio de escritórios que será construído. As que já compraram o terreno também vão passar pelo crivo da Comissão. Mas são todas empresas de software, adianta Marchiorato.
Obras começam em novembro
As obras para o Parque de Software de Curitiba começam em novembro, com o asfaltamento das ruas e construção do edifício central (que vai ser a área de uso comum de todas as empresas do local; terá auditório, agência bancária, correio, laboratórios, escritório do CITS e da Assespro, central telefônica e restaurante). Este prédio vai ter 1,5 mil metros quadrados. A inauguração do projeto deverá acontecer em maio de 1996.
Os lotes do Parque têm, no máximo, 2,5 mil metros quadrados. Uma empresa não pode comprar mais de dois lotes (mesmo assim sujeita a avaliação sobre a necessidade de um segundo terreno). Cada terreno tem taxa de ocupação de 50%. O resto será destinado à proteção ambiental. O Parque todo será instalado numa área de 189 mil metros quadrados. Trata-se do primeiro empreendimento com estas características a ser instalado no país.