Developers 92
Autor: Tarso Dutra Blitzkow de Queiroz
Developer's 92 ou 1º Encontro Nacional de Desenvolvedores e Especialistas em Programação e Sistemas teve como objetivo apresentar informações sobre as tendências no mundo da programação. Neste evento, o enfoque principal foi o ambiente gráfico proporcionado pelo Windows e OS/2 (Presentation Manager) e a programação orientada ao objeto.
O que se observou, é a preocupação na responsabilidade de código, não desenvolver o que já foi desenvolvido. Ao se desenvolver pela primeira vez um código, preocupar-se em fazer mais adequada e corretamente ( parece elementar, né), para que em uma fatura utilização, somente seja acrescentado o necessário para esta “nova” finalidade (conceito de herança em programação orientada ao objeto).
Para as interfaces gráficas (GUI – Grafical User Interface), as vantagens expostas são a criação de sistemas muito parecidos entre si. Fazendo diversos sistemas que tenham a mesma “cara”, usuários que estejam acostumados com um aplicativo dentro destes novos ambientes, terão muita facilidade em operar um outro sistema/aplicativo qualquer. A utilização passa a ser mais intuitiva, pois “uma figura fala mais que mil palavras”, além de ser um ambiente muito mais agradável.
Considerando ainda que “uma figura fala mais que mil palavras”, esta figura passa a ter uma grande importância para o sucesso da interface. Neste ponto, entra em cena a função do comunicador visual, que irá auxiliar na criação de figuras expressivas.
Mas em compensação, as “mil palavras” utilizadas na programação “antiga, gastam menos máquina (memórias e processamento) do que a simples figura. E se considerarmos máquinas baseadas em Xts 286 e até mesmo 386 com pouca memória, a utilização deste novo ambiente ou não é possível ou, então, é um grande exercício de paciência.
O tempo gasto para se migrar para este novo ambiente é de aproximadamente 6 meses; a partir de então é que começam a surgir produtos que realmente façam um bom uso de todo o potencial disponível. Os grandes obstáculos são a quantidade de API's (Application Program Interface) para manipulação de ferramentas em ambiente gráfico, e os novos conceitos da programação orientada ao objeto.
AS novas ferramentas se preocupam com a produtividade e performance: quanto mais eu posso produzir em menos tempo, mais competitivo eu serei no mercado (qualidade total). A função do desenvolvedor será unicamente relacionada com o processo, criando o sistema a partir da ligação de objetos disponíveis no mercado ou criados segundo a necessidade da aplicação.
AS linguagens desta nova geração, além dos fatores anteriormente citados (GUI OOP, Produtividade etc) começam a se preocupar com portabilidade.
Na apresentação na Borland, a ferramenta de criação do desenvolvedor passa a ser o “C++ que, entre as pessoas que fizeram as apresentações de experiências neste novo ambiente, foi o mais utilizado. Já para usuários finais, a ferramenta de desenvolvimento é o Object Vision, onde a “linguagem” de programação é baseada em figuras de processo.
A Microsoft expôs com maior ênfase o seu Visual Basic, onde a geração do aplicativo é feita através da criação da telas de interface com o usuário (fácil implementação) e, logicamente códigos de processamento (em uma linguagem muito semelhante ao Basic). Outro produto também apresentado, foi o Visual Basic for DOS (nome código ACHER) onde os aplicativos desenvolvidos em WINDOWS são facilmente convertidos para DOS é a CUA (Character User Interface – semelhante a interface dos ambiente Turbo da Borland em DOS).
A IBM se ateve em demonstrar a nova versão de seu ambiente (OS/2 V.2.0), baseando-se no lema “Um DOS melhor que o DOS, um WINDOWS melhor que o WINDOWS”.
A palestra internacional trouxe um representante da CA (Computer Associates), que recentemente adquiriu a Nantucket e conseqüentemente , o Clipper. Apresentou a nova versão do Clipper, que tem uma forte ênfase na orientação ao objeto. Também demonstrou o dBFast, que podemos dizer ser uma versão do Clipper (Summer' 87) para o WINDOWS. Uma linguagem muito fácil de se trabalhar, podendo utilizar todas as bases de dados, baseados em XBASE e com recursos de apresentação disponíveis para o WINDOWS. Mas a tendência destes produtos converge para uma única plataforma (quem sabe em 1994) denominadas ASPEN, onde a performance na criação e execução de aplicativos é seu grande lema. Além disso, uma grande tendência em multiplataforma.
Finalizando, o que se observou foi a grande utilização da linguagem “C + + “ ma criação, não só de rotinas genéricas, mas na criação de grandes sistemas comerciais. Indagado sobre tal fato Antônio Sérgio Cardoso (coordenador do PC LAB e instrutor em linguagens “C”) respondeu ser esta a tendência mundial em plataforma, pois, além da performance oferecida por tal linguagem e as novas características, implementadas devido a orientação ao objeto, ela oferece a vantagem da portabilidade.
(... o C + + está deixando de ser um produto para “escovador de bit” para se tornar uma ferramenta de uso geral dirigido a quem desenvolve sistemas comerciais como folha de pagamento, controle de estoque, contas a pagar etc. A produtividade com o uso de C+ + é cada vez mais alta e permite que os aplicativos tenham os recursos que os usuários desejam. Quem ignorar esta nova realidade corre o risco de ver seu mercado fugir pelas mãos. - Borland Expresso Nov/92.
Developer's 92 ou 1º Encontro Nacional de Desenvolvedores e Especialistas em Programação e Sistemas teve como objetivo apresentar informações sobre as tendências no mundo da programação. Neste evento, o enfoque principal foi o ambiente gráfico proporcionado pelo Windows e OS/2 (Presentation Manager) e a programação orientada ao objeto.
O que se observou, é a preocupação na responsabilidade de código, não desenvolver o que já foi desenvolvido. Ao se desenvolver pela primeira vez um código, preocupar-se em fazer mais adequada e corretamente ( parece elementar, né), para que em uma fatura utilização, somente seja acrescentado o necessário para esta “nova” finalidade (conceito de herança em programação orientada ao objeto).
Para as interfaces gráficas (GUI – Grafical User Interface), as vantagens expostas são a criação de sistemas muito parecidos entre si. Fazendo diversos sistemas que tenham a mesma “cara”, usuários que estejam acostumados com um aplicativo dentro destes novos ambientes, terão muita facilidade em operar um outro sistema/aplicativo qualquer. A utilização passa a ser mais intuitiva, pois “uma figura fala mais que mil palavras”, além de ser um ambiente muito mais agradável.
Considerando ainda que “uma figura fala mais que mil palavras”, esta figura passa a ter uma grande importância para o sucesso da interface. Neste ponto, entra em cena a função do comunicador visual, que irá auxiliar na criação de figuras expressivas.
Mas em compensação, as “mil palavras” utilizadas na programação “antiga, gastam menos máquina (memórias e processamento) do que a simples figura. E se considerarmos máquinas baseadas em Xts 286 e até mesmo 386 com pouca memória, a utilização deste novo ambiente ou não é possível ou, então, é um grande exercício de paciência.
O tempo gasto para se migrar para este novo ambiente é de aproximadamente 6 meses; a partir de então é que começam a surgir produtos que realmente façam um bom uso de todo o potencial disponível. Os grandes obstáculos são a quantidade de API's (Application Program Interface) para manipulação de ferramentas em ambiente gráfico, e os novos conceitos da programação orientada ao objeto.
AS novas ferramentas se preocupam com a produtividade e performance: quanto mais eu posso produzir em menos tempo, mais competitivo eu serei no mercado (qualidade total). A função do desenvolvedor será unicamente relacionada com o processo, criando o sistema a partir da ligação de objetos disponíveis no mercado ou criados segundo a necessidade da aplicação.
AS linguagens desta nova geração, além dos fatores anteriormente citados (GUI OOP, Produtividade etc) começam a se preocupar com portabilidade.
Na apresentação na Borland, a ferramenta de criação do desenvolvedor passa a ser o “C++ que, entre as pessoas que fizeram as apresentações de experiências neste novo ambiente, foi o mais utilizado. Já para usuários finais, a ferramenta de desenvolvimento é o Object Vision, onde a “linguagem” de programação é baseada em figuras de processo.
A Microsoft expôs com maior ênfase o seu Visual Basic, onde a geração do aplicativo é feita através da criação da telas de interface com o usuário (fácil implementação) e, logicamente códigos de processamento (em uma linguagem muito semelhante ao Basic). Outro produto também apresentado, foi o Visual Basic for DOS (nome código ACHER) onde os aplicativos desenvolvidos em WINDOWS são facilmente convertidos para DOS é a CUA (Character User Interface – semelhante a interface dos ambiente Turbo da Borland em DOS).
A IBM se ateve em demonstrar a nova versão de seu ambiente (OS/2 V.2.0), baseando-se no lema “Um DOS melhor que o DOS, um WINDOWS melhor que o WINDOWS”.
A palestra internacional trouxe um representante da CA (Computer Associates), que recentemente adquiriu a Nantucket e conseqüentemente , o Clipper. Apresentou a nova versão do Clipper, que tem uma forte ênfase na orientação ao objeto. Também demonstrou o dBFast, que podemos dizer ser uma versão do Clipper (Summer' 87) para o WINDOWS. Uma linguagem muito fácil de se trabalhar, podendo utilizar todas as bases de dados, baseados em XBASE e com recursos de apresentação disponíveis para o WINDOWS. Mas a tendência destes produtos converge para uma única plataforma (quem sabe em 1994) denominadas ASPEN, onde a performance na criação e execução de aplicativos é seu grande lema. Além disso, uma grande tendência em multiplataforma.
Finalizando, o que se observou foi a grande utilização da linguagem “C + + “ ma criação, não só de rotinas genéricas, mas na criação de grandes sistemas comerciais. Indagado sobre tal fato Antônio Sérgio Cardoso (coordenador do PC LAB e instrutor em linguagens “C”) respondeu ser esta a tendência mundial em plataforma, pois, além da performance oferecida por tal linguagem e as novas características, implementadas devido a orientação ao objeto, ela oferece a vantagem da portabilidade.
(... o C + + está deixando de ser um produto para “escovador de bit” para se tornar uma ferramenta de uso geral dirigido a quem desenvolve sistemas comerciais como folha de pagamento, controle de estoque, contas a pagar etc. A produtividade com o uso de C+ + é cada vez mais alta e permite que os aplicativos tenham os recursos que os usuários desejam. Quem ignorar esta nova realidade corre o risco de ver seu mercado fugir pelas mãos. - Borland Expresso Nov/92.