Experiências de usuários de um mesmo software (Microsisis)

Autora: Olga Maria Soares da Costa


PAINEL
PAINELISTAS: Maria Cândida Figueiredo (SP), Lia Balão Feder(RJ), Maria de Lourdes Ohira (SC) e Olga Maria Soares da Costa (PR).

Automação de serviços de informação e centros de documentação tem, alguns anos, seu espaço conquistados no Congresso Nacional de Informática, através dos CONIAs (Congresso Nacional de Informática aplicada).

Podemos fazer esta afirmação porque também este ano, na área de aplicações específicas, foi realizado o simpósio “Informática Documental” que reuniu profissionais de informação para discutirem os temas: Tipos de Serviços de Informação x Tipos de Serviços de Informatização; Impacto da Automação no Perfil do Profissional da Informação; Um Usuário Especial de Serviços Informatizados – A Administração Municipal; Novas Formas de Representação do Conhecimento e MICROISIS, tema do painel em questão.

Esse tema foi incluído porque, devido às suas características (ver Bate Byte 10), o MICROISIS já foi distribuído para dez mil instituições de vários países, a um ritmo que ultrapassa duas mil cópias por ano. E, como o sistema está disponível em diversos idiomas (inglês, francês, espanhol, português, tailandês, polonês e árabe), estão se formando grupos de usuários pelo mundo inteiro, inclusive no Brasil.
O painel reuniu as coordenadoras dos grupos de usuários de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de apresentar a atuação desses grupos e iniciar o intercâmbio interestadual.
Constatamos que os grupos estaduais foram criados atendendo a solicitação do IBICT – órgão que distribui esse pacote da UNESCO no Brasil. Anteriormente, esse órgão prestava suporte técnico aos usuários do sistema e hoje, devido ao grande número de instituições usuárias do MICROISIS, recomenda que os grupos assumam parte do suporte.

Também ficou constatado que os grupos estão trabalhando na mesma linha, ou seja promovem reuniões periódicas para discutirem dificuldades e soluções encontradas na utilização do sistema, bem como cursos de operação; incentivam a utilização da Norma isso 2709 ( no Brasil, o Formato IBICT) a qual possibilita o intercâmbio das bases de dados; disponibilizam aplicativos e promovem a divulgação do MICROISIS

Na continuidade do Simpósio, participamos de um “workshop” para demonstração de aplicativos do MICROISIS onde a Editora Abril apresentou a base de dados RECEIT contendo receitas publicadas na Revista Cláudia; a INFORISIS, um sistema de disseminação seletiva da informação; a USP, a base PROD, com a produção do corpo docente dessa universidade; a SEADE, o cadastro de nomes, cargos e endereços do governo de São Paulo e a Faculdade de Medicina da UFMG, que está utilizando o MICROISIS desde a recuperação de informações ao controle de empréstimos com código de barras.

Cabe ressaltar, ainda, que algumas instituições estão importando bases de dados de projetos, de artigos de jornais e demais publicações do software STAIRS e da linguagem CLIPPER para MICROISIS, constatando a tendência de o sistema se tornar padrão para gerenciamento de informações bibliográficas e cadastrais.