Autora: Iolanda Oliveira Barcelos
Falando do Gis
O que é, em essência, o geoprocessamento?
É uma tecnologia que, utilizando recursos de computação gráfica e processamento digital de imagens, associa informações geográficas a banco de dados convencionais. Assim, é possível recuperar informações não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através de sua localização espacial. Desta forma, pode-se relacionar quais são empresas cujas atividades são potencialmente poluidoras, e também quantas árvores há em uma região e onde estão precisamente localizadas.
O ambiente de geoprocessamento integra profissionais das mais variadas formações, recursos poderosos, visando a resposta adequada às necessidades de urbanistas, geógrafos, geólogos, engenheiros civis, florestais, cartógrafos, empresários, agentes de decisão na administração das cidades e do meio ambiente.
A característica do Geoprocessamento é a referência espacial ou geográfica nos dados. Essa característica também é o elo de ligação entre as diversas informações. Estas estão grupadas em níveis ou layers de um mesmo assunto de interesse. Por exemplo, sobre um mapa básico de uma cidade digitalizado se constroem graficamente ou se localizam em outro nível de informação, a rede elétrica, a rede de água ou esgotos, a rede de escolas públicas, de postos de assistência médico-hospitalar, etc.
O GIS - Geographical Information System, constitui o mais complexo processo pertencente à tecnologia de Geoprocessamento. Estes sistemas informatizados são destinados à coleta, armazenamento, análise e tratamento de dados espaciais, alfanuméricos e na geração do cruzamento destes dados.
Suas aplicações mais conhecidas são aquelas relacionadas à tributação, planejamento e suporte à execução de projetos de engenharia e meio ambiente. Sua definição formal consiste em: "um sistema de gerenciamento de banco de dados computadorizado capaz de capturar, armazenar, pesquisar, analisar e mostrar dados espaciais, posicionalmente definidos." Seu principal mérito é permitir consultas ad hoc, para tomada de decisão.
Falando dos Dados
As informações podem ser básicas, sobre as quais vou lançar outros níveis de informações ou específicas, com as quais vou compor os diversos temas. As informações básicas normalmente vêm da cartografia digital.
Além do atributo espacial, o dado tem outros atributos que constam dos bancos de dados alfanuméricos ou convencionais. São os dados complementares que caracterizam o fenômeno. Por exemplo, um rio se caracteriza espacialmente por ser uma linha e pode ser representado graficamente como tal; mas possui também atributos alfanuméricos tais como: volume d'água, largura, etc.
A obtenção mais comum do dado espacial, é por intermédio de um levantamento aerofotogramétrico que passa por uma restituição. Além dessa origem, o dado pode vir de uma imagem de satélite, ortofoto, topografia e outros.
Falando da Integração
A natureza interdependente do Estado combina bem com a idéia de Geoprocessamento. Um Órgão do Estado não existe isolado, mas sim interligado com outros aos quais presta informações e dos quais recebe outras tantas. Um Sistema de Informações Geográficas - GIS, não se aplica a um departamento ou um só Órgão Estadual, mas ele fica poderoso à medida que se integra aos demais, enriquecendo as análises feitas, prestando maior abrangência às conclusões, visualizando e explicando grupo de fenômenos, prestando maior embasamento às informações.
Vale ressaltar ainda que a obtenção e manutenção dos dados para um GIS representa uma parcela muito grande dos custos, o que reforça a necessidade de integração, principalmente das bases de dados.
Em números futuros, falaremos mais sobre aspectos da Integração Estadual, no que se refere a Geoprocessamento.
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