Flagrante: Leitora Ótica (ou o dia em que sobrou peça)
Autora: Tania Volkmann
Tempos atrás, a Celepar adquiriu uma Leitora Ótica. Não se sabe se por inexperiência nossa com essa nova tecnologia ou se por fragilidade do equipamento, eram necessários constantes ajustes na máquina.
Freqüentemente os técnicos do Representante Comercial que vendeu a máquina para a Celepar, eram chamados para fazer os acertos necessários: limpeza de cabeçotes, tração de papel, velocidade, gramatura, etc., etc.
E quando eles chegavam, todo o setor, onde a máquina estava instalada, parava para acompanhar os testes e saber o que tinha acontecido desta vez (o que foi que fizemos de errado?).
Testa daqui, testa dali e, fatalmente, a máquina era desmontada (pelo menos para uma limpeza geral).
O pessoal da Celepar até já tirava um "sarrinho" deles. Será que foi ligada na tomada? Vocês vão saber montá-la de novo? Acho que vai sobrar peça...
Um dia, estava lá a maquininha, toda escancarada em cima da mesa e os técnicos a ajustá-la, quando um funcionário da Celepar, discretamente, colocou 2 parafusos debaixo da leitora, sem que os técnicos percebessem.
Limpa daqui, aperta dali, vira e desvira, eis que, de repente, eles se deparam com aqueles 2 parafusos. O funcionário comentou com ares de inocente: "Eu sabia que um dia iria sobrar peça!".
Pânico geral! Os técnicos se entreolharam e já em desespero começaram a procurar de onde tinham saído aqueles parafusos: "Você que tirou? Eu não, parafuso é com você!"
Os técnicos já não sabiam mais o que fazer e onde procurar, quando então um outro funcionário (que havia cedido os tais parafusos) caiu na gargalhada.
Só então que eles se tocaram que era uma "armação" e que os parafusos não eram nem mesmo do modelo usado na máquina.