Flagrantes: Hiii, deu bolo!
Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro
Era uma vez, numa cidade longínqua, uma prefeitura fictícia, ainda que distante apenas dois quarteirões da CELEPAR. Nesse dia, armaram-se os fatos e os sucessos para mais uma desventura, dessas que acontecem de vez em quando, na aventura maior que é viver.
Pois, ia a tarde pelo seu final, quando duas festas independentes e sem que os participantes de uma soubessem da outra, começaram a ser armadas. No segundo andar, o Prefeito recepcionava uma delegação de possíveis investidores, gente granfa, tanto é que no final do encontro, o cerimonial preparara uma taça de champagne com um pedaço de torta.
No andar de baixo, um pessoal animado, talvez um pouco mais próximo da galhofa, preparava festa de aniversário para a homenageada do dia, pessoa importante e considerada. Tanto é que três colegas, resolveram cada uma comprar um bolo diferente para a festa. Havia um de morangos com chantilly, um de favos de abelha e uma torta folheada de creme, comidas abundantes, brilhantes e maravilhosas, uma festança de truz.
Vamos nos concentrar na festa de baixo, mais animada e solta. Como foram 3 compradoras distintas, houve três fornecedores diferentes que chegaram separados e, assim, tivemos a entrada triunfal de cada uma das tortas, devidamente aplaudidas e acompanhadas de olhares, rumores e olfatos, enquanto eram levadas para o local da festa. Quando chegou a terceira, já perto das 17h00, a turma não se conteve, e pronto: guaranás e refrigerantes espoucando e as tortas implorando para serem devoradas, e sendo imediatamente atendidas, quando... toc-toc-toc. Batem à porta. Esta é aberta... e quem está lá?
Outro entregador com uma torta mais abundante, mais brilhante e mais maravilhosa. Quadrada, alta, verde -- bela cor -- e com uma representação em suspiro do Jardim Botânico. (a cidade fictícia também tinha um Jardim Botânico). Ohs, Ahs de exclamação e esta nova torta foi atacada com tudo que havia direito: garfos e facas cortantes, avançar!
Não sei se já pararam para pensar, mas sempre lá pelas 5 da tarde, bate um certo vazio no estômago, acho que foi por isso que os ingleses inventaram o tal de chá das 5, uma fome malandra, nenhuma sangria desatada, mas, mesmo assim, pontual e exigente como ela só. Pois a turma estava dando vazão a este poderoso sentimento. Já se estava na hora das piadas e das brincadeiras. A torta de morangos já era, a folheada e a dos favos iam pela metade, mas a do Jardim Botânico era só um pequeno pedaço, fora a preferida.
Nisso, um novo toc-toc-toc... Outra torta? Quem será?... Aberta a porta, entra uma assustada chefe do cerimonial do Prefeito e pergunta:
Por um acaso foi aqui que entregaram a torta que o Prefeito encomendou? Era uma verde, com o Jardim Botânico?
Bom, assim acaba a história. Não há muito mais a contar, exceto que a turma granfa, a do segundo andar, teve que se contentar com um pequeno pedaço do Capanema, foi o que se pôde salvar, nada mais.
Era uma vez, numa cidade longínqua, uma prefeitura fictícia, ainda que distante apenas dois quarteirões da CELEPAR. Nesse dia, armaram-se os fatos e os sucessos para mais uma desventura, dessas que acontecem de vez em quando, na aventura maior que é viver.
Pois, ia a tarde pelo seu final, quando duas festas independentes e sem que os participantes de uma soubessem da outra, começaram a ser armadas. No segundo andar, o Prefeito recepcionava uma delegação de possíveis investidores, gente granfa, tanto é que no final do encontro, o cerimonial preparara uma taça de champagne com um pedaço de torta.
No andar de baixo, um pessoal animado, talvez um pouco mais próximo da galhofa, preparava festa de aniversário para a homenageada do dia, pessoa importante e considerada. Tanto é que três colegas, resolveram cada uma comprar um bolo diferente para a festa. Havia um de morangos com chantilly, um de favos de abelha e uma torta folheada de creme, comidas abundantes, brilhantes e maravilhosas, uma festança de truz.
Vamos nos concentrar na festa de baixo, mais animada e solta. Como foram 3 compradoras distintas, houve três fornecedores diferentes que chegaram separados e, assim, tivemos a entrada triunfal de cada uma das tortas, devidamente aplaudidas e acompanhadas de olhares, rumores e olfatos, enquanto eram levadas para o local da festa. Quando chegou a terceira, já perto das 17h00, a turma não se conteve, e pronto: guaranás e refrigerantes espoucando e as tortas implorando para serem devoradas, e sendo imediatamente atendidas, quando... toc-toc-toc. Batem à porta. Esta é aberta... e quem está lá?
Outro entregador com uma torta mais abundante, mais brilhante e mais maravilhosa. Quadrada, alta, verde -- bela cor -- e com uma representação em suspiro do Jardim Botânico. (a cidade fictícia também tinha um Jardim Botânico). Ohs, Ahs de exclamação e esta nova torta foi atacada com tudo que havia direito: garfos e facas cortantes, avançar!
Não sei se já pararam para pensar, mas sempre lá pelas 5 da tarde, bate um certo vazio no estômago, acho que foi por isso que os ingleses inventaram o tal de chá das 5, uma fome malandra, nenhuma sangria desatada, mas, mesmo assim, pontual e exigente como ela só. Pois a turma estava dando vazão a este poderoso sentimento. Já se estava na hora das piadas e das brincadeiras. A torta de morangos já era, a folheada e a dos favos iam pela metade, mas a do Jardim Botânico era só um pequeno pedaço, fora a preferida.
Nisso, um novo toc-toc-toc... Outra torta? Quem será?... Aberta a porta, entra uma assustada chefe do cerimonial do Prefeito e pergunta:
Por um acaso foi aqui que entregaram a torta que o Prefeito encomendou? Era uma verde, com o Jardim Botânico?
Bom, assim acaba a história. Não há muito mais a contar, exceto que a turma granfa, a do segundo andar, teve que se contentar com um pequeno pedaço do Capanema, foi o que se pôde salvar, nada mais.