Flagrantes: Hummm..., já entendi...
Mais uma história recente e verídica, como sempre. Os personagens são dois colegas que prestam serviços em uma secretaria cliente da Celepar. Quem são os colegas e qual é a secretaria não posso contar. Recentemente, foram designados para fazer uma manutenção grande na rede local de uma sede regional dessa secretaria lá no interiorzão do Estado. Bota interior nisso, que a viagem de carro para chegar lá demora mais de 10 horas. A secretaria disponibilizou dois carros: eles podiam escolher. O mais velhinho até que era bacana, mas havia um novo: quase do ano. Este último era melhor, mas tinha pequeno defeito. Na hora esse pequeno defeito foi considerado como irrelevante, assim este último foi o escolhido. Saíram cedinho, fazia um calor senegalesco, quase 40 graus, e finalmente ao anoitecer, chegaram na cidade. Rápido para o hotel e primeira providência tomar um banho com muita água. Após o registro, cada um pegou a chave do seu quarto e saíram quase correndo em direção a uma chuveirada. Quando um deles entrou no chuveiro, percebeu que havia uma janela do box diretamente sobre um tubo de ventilação do hotel e pôde perceber nitidamente o barulho do colega entrando no outro box e ligando a água. Os dois banheiros estavam conectados por um canal de voz, digamos assim. Foi o que bastou para o primeiro largar um "e aí compadre? tá boa a água?" Ao que o colega respondeu com uma gaiatice qualquer e por ai foi o diálogo. Só que os dois não pararam para pensar que se um ouvia o outro pelo duto de ventilação e se o duto de ventilação ligava todo o hotel, logo todo o hotel ouvia a conversa. Imagine prezado leitor, você hóspede ou funcionário do hotel, dando sopa por ali e ouvindo o barulho de água caindo enquanto dois marmanjos batem o maior papo, entremeados de "oops, entrou água no olho" e "cadê o sabonete?". O que você pensaria do caso, prezado leitor? No dia seguinte, quando saíram do hotel, tava todo mundo de olho na dupla e aí aquele defeito insignificante lá do começo revelou-se o tempero final na nossa história. Pois o problema no carro era que a porta do motorista não abria por fora. Assim, um colega levou o outro até a porta do passageiro, abriu a porta para ele, que entrou e se acomodou. Só depois disso, o motorista assumiu o lugar, ligou o carro, acelerou e se mandou. Lá no hotel ficou um ar de "hummm..., já entendi...".
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