Flagrantes: Ladras de Dentaduras Alheias
Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro- GPT
Esta história não é sobre bits e bytes. Comemorando o fim do verão, vem aqui uma proeza, verídica - como sempre - ocorrida com duas colegas nossas nas praias do Paraná nesta temporada. Com vocês, um drama real em 3 atos.
1º ATO: VENDO O MAR PELA PRIMEIRA VEZ
Essas duas colegas nossas resolveram alugar uma casa em conjunto. Como iam levar filhos, cachorro, marido e essa tralha e tal, convidaram uma assistente. Como não podemos identificá-la com o nome real, vamos chamá-la Maria. Pois a Maria, pessoa já de meia idade, nunca tinha visto o mar, e mais do que rápido, concordou.
No primeiro dia, vai todo o mundo à praia (a Maria junto). Chegam à beira-mar, e ela abre um sorriso de orelha a orelha - Então é isso que é o danado do mar? Que trem grande... - e sai em desabalada carreira mar adentro. Este estava meio bravo e lá no quebra-mar, foi um tal de Maria pra cá, Maria pra lá, e ela se divertindo a mil.
Num dado momento, vem a Maria saindo d'água com um sorriso diferente, e com uma mão tampando a boca.
- O que foi Maria?
- Zubiu a zendadurah.
- O que???
- ZUBIU A ZENDADURAH! (sumiu a dentadura!)
Pois não é que a marinheira de primeira viagem, arrebatada com aquele mundo d'água, e se divertindo como criança, esqueceu de fechar a boca quando veio a onda? Não deu outra: Tchau, tchau, dentadura.
Consternação geral, - Vamos procurar? Mas de que jeito?
Que azar, a Maria teve que voltar a Curitiba para providenciar a 2ª via da prótese dentária.
2º ATO: LADRAS DE DENTADURA
No dia seguinte, a Maria já em Curitiba, nossas duas celeparianas resolvem dar um passeio na praia. Logo adiante, um grupinho comenta e ri, olhando um objeto largado no meio da areia. Uma das duas olha, olha de novo, e... "a própria". A dentadura da Maria dando a maior sopa. Finda a etapa do reconhecimento veio a pior parte: como catar a dita-cuja sem que ninguém percebesse?
- Eu tenho vergonha.
- E eu também.
- Mas não podemos deixar a perereca da Maria aí na areia...
Pensa daqui, pensa de lá, e não é à-toa que as duas são celeparianas, têm a imaginação e a presença de espírito para se safar das piores coisas... surge a solução.
- Não tem um gajo se afogando lá adiante??? Comenta uma em voz alta. Foi um tal de "onde?", "tem certeza?", é sim, ' tou vendo lá adiante, e quando todos se distraíram procurando o afogado inexistente, uma das duas se abaixou, passou a mão na dentadura, guardou-a embaixo da blusa, e... saíram as duas em desabalada carreira, na direção de casa. Lá chegando, correram ligar para a Maria dando-lhe a boa nova.
3º ATO: MOMENTO SUBLIME
Avisada, a Maria ficou toda contente. Não ia precisar gastar seu rico dinheirinho, e podia voltar de imediato para a praia, que ela gostou tanto.
Já meio comovida com este verdadeiro drama humano, vão as duas famílias buscar a Maria na rodoviária. Chega o ônibus da Graciosa e desce a Maria, contente e feliz, embora de sorriso amarrado e fechado.
É formada uma comitiva, a Maria na frente e todo mundo atrás, na direção da sala da casa, onde no meio da mesa, estava sobre um guardanapo de papel... a própria dentadura recuperada das ondas.
Tudo pronto para um clímax festivo, vem a decepção:
- Mas essa não é a minha... diz a Maria num muxoxo, e agora já sim quase desesperada.
Pois não é que as nossas duas colegas "roubaram" uma dentadura alheia? Vai ver
que ela estava meio apertada e o dono resolveu dar um descanso, tirou a dentadura deixando-a na praia, e quando voltou... tinham passado a mão na perereca.
Que feio!!!
Esta história não é sobre bits e bytes. Comemorando o fim do verão, vem aqui uma proeza, verídica - como sempre - ocorrida com duas colegas nossas nas praias do Paraná nesta temporada. Com vocês, um drama real em 3 atos.
1º ATO: VENDO O MAR PELA PRIMEIRA VEZ
Essas duas colegas nossas resolveram alugar uma casa em conjunto. Como iam levar filhos, cachorro, marido e essa tralha e tal, convidaram uma assistente. Como não podemos identificá-la com o nome real, vamos chamá-la Maria. Pois a Maria, pessoa já de meia idade, nunca tinha visto o mar, e mais do que rápido, concordou.
No primeiro dia, vai todo o mundo à praia (a Maria junto). Chegam à beira-mar, e ela abre um sorriso de orelha a orelha - Então é isso que é o danado do mar? Que trem grande... - e sai em desabalada carreira mar adentro. Este estava meio bravo e lá no quebra-mar, foi um tal de Maria pra cá, Maria pra lá, e ela se divertindo a mil.
Num dado momento, vem a Maria saindo d'água com um sorriso diferente, e com uma mão tampando a boca.
- O que foi Maria?
- Zubiu a zendadurah.
- O que???
- ZUBIU A ZENDADURAH! (sumiu a dentadura!)
Pois não é que a marinheira de primeira viagem, arrebatada com aquele mundo d'água, e se divertindo como criança, esqueceu de fechar a boca quando veio a onda? Não deu outra: Tchau, tchau, dentadura.
Consternação geral, - Vamos procurar? Mas de que jeito?
Que azar, a Maria teve que voltar a Curitiba para providenciar a 2ª via da prótese dentária.
2º ATO: LADRAS DE DENTADURA
No dia seguinte, a Maria já em Curitiba, nossas duas celeparianas resolvem dar um passeio na praia. Logo adiante, um grupinho comenta e ri, olhando um objeto largado no meio da areia. Uma das duas olha, olha de novo, e... "a própria". A dentadura da Maria dando a maior sopa. Finda a etapa do reconhecimento veio a pior parte: como catar a dita-cuja sem que ninguém percebesse?
- Eu tenho vergonha.
- E eu também.
- Mas não podemos deixar a perereca da Maria aí na areia...
Pensa daqui, pensa de lá, e não é à-toa que as duas são celeparianas, têm a imaginação e a presença de espírito para se safar das piores coisas... surge a solução.
- Não tem um gajo se afogando lá adiante??? Comenta uma em voz alta. Foi um tal de "onde?", "tem certeza?", é sim, ' tou vendo lá adiante, e quando todos se distraíram procurando o afogado inexistente, uma das duas se abaixou, passou a mão na dentadura, guardou-a embaixo da blusa, e... saíram as duas em desabalada carreira, na direção de casa. Lá chegando, correram ligar para a Maria dando-lhe a boa nova.
3º ATO: MOMENTO SUBLIME
Avisada, a Maria ficou toda contente. Não ia precisar gastar seu rico dinheirinho, e podia voltar de imediato para a praia, que ela gostou tanto.
Já meio comovida com este verdadeiro drama humano, vão as duas famílias buscar a Maria na rodoviária. Chega o ônibus da Graciosa e desce a Maria, contente e feliz, embora de sorriso amarrado e fechado.
É formada uma comitiva, a Maria na frente e todo mundo atrás, na direção da sala da casa, onde no meio da mesa, estava sobre um guardanapo de papel... a própria dentadura recuperada das ondas.
Tudo pronto para um clímax festivo, vem a decepção:
- Mas essa não é a minha... diz a Maria num muxoxo, e agora já sim quase desesperada.
Pois não é que as nossas duas colegas "roubaram" uma dentadura alheia? Vai ver
que ela estava meio apertada e o dono resolveu dar um descanso, tirou a dentadura deixando-a na praia, e quando voltou... tinham passado a mão na perereca.
Que feio!!!