Flagrantes: Um baita datilógrafo
O fato que vai se narrar aconteceu há muitos anos. Ainda na década de 60, quando computador era cérebro eletrônico, e profissionais de informática usavam avental e eram apontados na rua.
A CELEPAR tinha um Bull Gama 20, com uma impressora gigantesca e uma velocidade baixa, para os nossos atuais padrões, mas espantosamente rápida para a época.
Esta impressora estava instalada no "aquário", exatamente de costas para o fim da escada que vem da entrada principal da Empresa. Quem chegava pela escada, apenas ouvia o barulho da máquina funcionando, e via o papel já impresso sendo derrubado na traseira da geringonça.
Um belo dia, um operador muito gozador percebeu, pelo movimento, que chegava uma delegação de moças estudantes do científico (antigo segundo grau) de um colégio de freiras. Na hora ele resolveu: "Vou pregar uma peça". E imediatamente postou-se à frente da impressora, e passou a movimentar as mãos, como se ele estivesse datilografando o papel.
Pela ordem, o cenário ficou assim: Primeiro o operador mexendo as mãos. Depois a impressora funcionando e tampando a visão que as moças tinham do operador, do qual só podiam ver as mãos se mexendo, depois o vidro e depois um bando de gente (alunas, professoras, freiras, todo mundo) a exclamar oh! ah!, que velocidade, que datilógrafo rápido!
Quando a cena já durava algum tempo, todo mundo prestando atenção, um silêncio tenso no ar, deu-se o clímax: o operador, na maior calma, parou a impressora, abriu a tampa, (todos pensando: o que será que ele vai fazer?), tirou uma borracha do bolso, fez o gesto de apagar alguma coisa, baixou a tampa, e recomeçou a gesticular como se ele tivesse voltado a datilografar. Nova série de ohs! E ahs!
As meninas foram embora e devem estar pensando até hoje como um datilógrafo podia ser tão rápido, enquanto esta história foi contada e saboreada muitas vezes nesses quase 30 anos.
A CELEPAR tinha um Bull Gama 20, com uma impressora gigantesca e uma velocidade baixa, para os nossos atuais padrões, mas espantosamente rápida para a época.
Esta impressora estava instalada no "aquário", exatamente de costas para o fim da escada que vem da entrada principal da Empresa. Quem chegava pela escada, apenas ouvia o barulho da máquina funcionando, e via o papel já impresso sendo derrubado na traseira da geringonça.
Um belo dia, um operador muito gozador percebeu, pelo movimento, que chegava uma delegação de moças estudantes do científico (antigo segundo grau) de um colégio de freiras. Na hora ele resolveu: "Vou pregar uma peça". E imediatamente postou-se à frente da impressora, e passou a movimentar as mãos, como se ele estivesse datilografando o papel.
Pela ordem, o cenário ficou assim: Primeiro o operador mexendo as mãos. Depois a impressora funcionando e tampando a visão que as moças tinham do operador, do qual só podiam ver as mãos se mexendo, depois o vidro e depois um bando de gente (alunas, professoras, freiras, todo mundo) a exclamar oh! ah!, que velocidade, que datilógrafo rápido!
Quando a cena já durava algum tempo, todo mundo prestando atenção, um silêncio tenso no ar, deu-se o clímax: o operador, na maior calma, parou a impressora, abriu a tampa, (todos pensando: o que será que ele vai fazer?), tirou uma borracha do bolso, fez o gesto de apagar alguma coisa, baixou a tampa, e recomeçou a gesticular como se ele tivesse voltado a datilografar. Nova série de ohs! E ahs!
As meninas foram embora e devem estar pensando até hoje como um datilógrafo podia ser tão rápido, enquanto esta história foi contada e saboreada muitas vezes nesses quase 30 anos.