Há 10 anos no Bate Byte

Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro - CAC



Um interessante artigo na edição de junho de 91, comentava sobre a possibilidade dos usuários CELEPAR acessarem o sistema PRODASEN de legislação brasileira. Até aí nada demais, já que o sistema era e é bem interessante. O que comento aqui, é que a ferramenta usada para acessar o dito sistema era um negócio chamado STAIRS. Era, na época, um programa moderno e interessante, fazia consulta a palavras em arquivos de texto. Só trabalhava com interface orientada a caracteres (nessa época as pessoas ainda diziam: GUI1, o que é isso?), rodava em mainframe, não aceitava atualização dos arquivos on-line, os mesmos tinham de ser atualizados em batch durante a madrugada. Era difícil de entender e usar. Foi embora sem deixar saudades...

1 GUI vem a ser "graphical user interface", ou interface baseada em gráficos. Quem já usou o Windows sabe o que é isso.

Uma notinha da Lislane comentava ter instalado um dicionário no mainframe de inglês–português, contendo 5180 palavras em inglês e 6040 em português. Qualquer comparação com os Aurélios e Michaelis disponíveis hoje nos micros não só é injusta como é uma baita pilantragem.

Havia umas rotinas de validação de datas em dbase 3. Essa sessão fazia furor na época, todos conheciam e usavam o dbase 3. Como melhoramento, em nota de rodapé dizia-se que este código também podia ser aproveitado em Clipper.

Mas o melhor da história, deixei para o final. Na última página havia 2 informações. Na primeira, a CELEPAR divulgava para clientes e colaboradores que já estava instalado o seu moderníssimo aparelho de FAX. Nossos parceiros podiam aposentar o TELEX quando conversassem conosco.



E, mais ainda no pé da página, dizia-se que aquela edição estava sendo feita experimentalmente em uma impressora eletrônica que, no entanto, só suportava letras pequenas. Assim, os textos eram com qualidade de laser. As impressoras matriciais foram usadas apenas nos desenhos e nas letras grandes.