Os 6 Chapéus
Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro
Introdução
A técnica dos seis chapéus foi proposta originalmente por Edward de Bono, um médico inglês que dedicou e dedica sua vida a estudar os processos de pensamento. Ela está completamente descrita no livro “Seis chapéus” de E. Bono, Editora Vértice, São Paulo, no qual este trabalho se baseou.
Este processo de organizar o pensamento busca diminuir a complexidade e permitir ao pensador lidar com uma coisa de cada vez. Como em um mapa que vai sendo construído, em que é feita uma impressão para cada cor, pra o final ter-se o mapa completo.
O processo pode ser usado individualmente, mediante uma troca auto consciente de chapéus (e conseqüentemente de pontos de vista). Pode também ser usado coletivamente desde que todos os participantes de uma reunião conheçam o método.
Se algum participante não o conhece, pode-se esclarecê-lo em poucos minutos antes do início do trabalho.
É obvio que não existem chapéus físicos de cada cor. Trata-se apenas de uma figura de raciocínio que pode facilmente ser invocada ao longo do trabalho e facilmente entendido por todos. O que se recomenda é que no início (até todos se acostumarem com as cores e seus significados) se coloque no centro da reunião a cartela em anexo, e que simplesmente cada uma das cores.
Este método tem sido usado há quase um ano, em processo experimental, na DISUD, com resultados mais que satisfatórios.
O processo do pensamento
As pessoas não se importam em passar por tolas desde que saibam que estão apenas representando um papel. Até vão orgulhar-se de fazer bem este papel, procurando desempenhar o melhor bobo possível: isto torna-se uma medida de realização e superioridade.
Sem a proteção de um papel formal, o ego corre risco. Representar alguém permite ao ego ir além de sua imagem. Assumir o papel de um pensador, no sentido amplo do termo é um passo valioso para o objetivo tornar-se um. Assim, de Bono sugere a existência de um “chapéu pensante”. Apenas para exemplificar, ele sugere a utilidade de um verdadeiro chapéu pensante:
.... Não perturbe, não vê que eu estou pensando?
... Acabemos com esta discussão e coloquemos nossos chapéus para enfocarmos o assunto.
... Quero ver você usando o seu chapéu e pensando sobre...
... Você me paga para pensar. Cá estou eu de chapéu.
Usando o conceito de pensamento por mapeamento de Bono sugere que o chapéu de pensar seja na verdade desmembrado em 6 papéis cada um representando por um chapéu de cor diferente.
Você escolhe qual dos seis chapéus quer colocar em um dado instante. Colocando (simbolicamente, é claro) o chapéu, passa a desempenhar o papel definido por ele. Você pode assistir-se representando o papel, e o faz como quiser. Seu ego está protegido pelo papel.
Ao trocar de chapéu deve trocar de papel. Você se torna um conjunto de pensadores diferentes – todos usados a mesma mente.
Proposta dos seis chapéus
Além da caracterização de seis papéis, o processo de pensamento segue os seguintes condicionantes:
Atenção dirigida
Os seis chapéus nos dão um recurso para dirigirmos a atenção a seis pontos diferentes de um determinado assunto.
Conveniência
É um método funcional para instigar alguém (você) a mudar seus padrões. Você pode ser negativo ou deixar de sê-lo. Pode propor a alguém abandonar seu lado emocional, e assim por diante.
Regras do jogo
As pessoas se tranqüilizam sabendo as regras do jogo. Aprender as regras é uma das mais significativas maneiras de aprendizagem das crianças; isto protege a todos e permite maior liberdade e produtividade da reunião.
Os 6 chapéus
Cada um dos chapéus tem uma cor: amarelo, azul, branco preto, verde e vermelho. A cor dá o nome ao chapéu, e está relacionada à sua função.
Branco
Neutro e objetivo, o branco se preocupa com fatos objetivos e as idéias referentes a estes fatos.
Vermelho
O vermelho é a emoção, a raiva e a violência. Ele confere a perspectiva emocional de uma circunstância.
Preto
Sombrio e negativo. Sempre responde à pergunta; “Por que não podemos fazer isto?”
Amarelo
Luminosidade e caráter positivo. É otimista e esperançoso.
Verde
Criatividade e novas idéias. Fertilidade, grama, vegetação e abundância.
Azul
Frio. Controla a organização do pensamento. Cuida dos demais chapéus.
Para facilitar a lembrança, podemos citá-los aos pares:
brancos (fatos) X vermelho (emoção)
preto ( negativo) amarelo (positivo)
verde (criatividade) X azul (controle)
Na prática os chapéus sempre são chamados pelas suas cores e NUNCA pelas suas funções. è muito fácil dizer a alguém: “Tire seu chapéu preto” do que dizer “não seja negativo”.
A técnica tem mais eficiência quando todos a conhecem e estão acostumados com ela. Podemos ter:
... Vamos colocar o chapéu vermelho por alguns instantes.
... Está bom para o chapéu amarelo. Agora vamos ao branco.
... Todos mundo de chapéu verde, e assim por diante.
Chapéu branco
Com o chapéu branco, sua própria opinião jamais é permitida. Você de expor os fatos de maneira objetiva e desapaixonada. Imagine-se como um computador. A pessoa que busca informações pode valer-se de perguntas dirigidas.
O chapéu branco (ausência de cor) indica neutralidade.
Exemplo: O que houve de errado com a nossa campanha de vendas? Colocando o chapéu branco, vou responder. Atingimos 34% dos varejistas. Destes, 60% compraram o produto. Dos que compraram, 40% ficaram com 2 itens por experiência. Das pessoas que contactamos, 70% disseram que o preço estava alto. Existem dois produtos no mercado que têm preço menor que o nosso.
Chapéu vermelho
Este gira em torno de emoções, sentimentos e aspectos não racionais do pensamento. O chapéu vermelho provê um mecanismo legítimo de trazer esses sentimentos. Se eles não são permitidos como estímulos ao pensamento, agirão às escondidas e influenciarão de maneira indireta.
... Não gosto dele e não quero fazer negócio com ele.
... Tenho um palpite de que aquele terreno valerá muito no futuro.
... Este projeto projeto está horrível. Nunca dará certo.
Este chapéu dá autorização para expressar sentimentos que vão da emoção à pressuposição, sem necessidade de qualquer justificativa ou explicação.
O chapéu vale também para fazer observações sobre o processo da discussão e não apenas sobre o assunto em discussão:
... Sr. Souza, meu ponto de vista com o vermelho, é que o senhor nunca escuta ninguém.
... Disse o que queria
e agora retiro o meu chapéu vermelho.
Comparada a uma reunião tradicional o estabelecimento do chapéu vermelho pode parecer uma artificialidade, mas é justamente ela que permite a alguém ligar-se e desligar-se de uma emoção em um breve instante.
Não há mais necessidade de tentar adivinhar os sentimentos alheios. Há u meio de investigá-los diretamente: ... Ponha o seu chapéu vermelho e diga o que acha de minha proposta.
Acoisa mais difícil no uso do vermelho, é resistir à tentação de justificar uma emoção manifesta. O chapéu a torna desnecessária. Isto significa que somos livres para termos os preconceitos que quisermos. Não seria perigoso? Pelo contrário, pior será se os preconceitos vierem racionalizados ao invés de serem pura emoção.
Para finalizar, o vermelho é a expressão da emoção, do palpite, da intuição, do sexto sentido, do gosto, do sexto sentido, do gosto, do sentimento estético e assim por diante.
Chapéu preto
Aparentemente este é o chapéu mais fácil de usar. Isto se deve a ênfase ocidental sobre a argumentação e o criticismo. Muita gente acha que a principal função do pensamento está no uso do chapéu preto.
O chapéu preto é sempre lógico. É negativista, mas não emocional. Com o chapéu preto, razões lógicas e relevantes devem sempre ser apresentadas.
Uma pessoa que é negativa por natureza sempre introduzirá sua negatividade no pensamento. No tipo desordenado de pensamento – aquele no qual fazemos tudo de uma só vez – o tom será sobretudo negativo, o chapéu preto realmente limita a negatividade. Um pensador pode ser convidade a tirar o chapéu preto, assim:
... Seu chapéu preto esteve soberbo. Por que você não coloca outro chapéu por um ou dois minutos? ou entâo:
... Geralmente emprestamos o chapéu preto de Sílvia. Quando ela não o usa, parecenão ter o que dizer.
O pensamento negativo é atraente porque sua realização é imediata e completa. Detectando-se algum erro atinge-se satisfação imediata. Atacar uma idéia dá uma sensação de superioridade. Elogiar parece subordinar quem elogia ao dono da idéia.
Em resumo, o dono do preto deve apontar para o que é falso, incorreto ou equivocado. Ele indica riscos e perigos.
Chapéu amarelo
Ser positivo é procurar vantagens. É o contrário do chapéu preto. Infelizmente é mais fácil ser negativo que positivo. O pensamento positivo tem que ser uma mistura de curiosidade, prazeres, ambição e desejo de “fazer acontecer”.
O chapéu amarelo não está diretamente relacionado à criatividade. Este é o chapéu verde. Uma pessoa pode ser excelente pensador de chapéu amarelo e nunca ter tido uma idéia nova. A aplicação eficiente das velhas idéias é prórpio do chapéu amarelo. Dele saem propostas concretas e sugestões. É especulativo e explorador de oportunidades.
Chapéu Verde
Novas idéias e novas formas de ver as coisas. Ele trata de mudanças. As idéias novas são delicadas plantinhas que precisam do chapéu verde par protegê-las da geada, do hábito do chapéu preto.
O chapéu verde em sí, não transforma as pessoas em criativas. Entretanto, dá tempo e enfoque para ser criativo. Se você gasta mais tempo buscando alternativas, está propenso a encontrar mais delas. A criatividade é mais do que ser apenas positivo e otimista. Emoções positivas ficam para o vermelho. Avaliações positivas ficam para o amarelo. O que o verde quer são idéias novas de verdade, novas soluções e alternativas inéditas.
Com este chapéu, não podemos exigir uma idéia nova, ao contrário do que podemos fazer om os outros chapéus, onde podemos exigir que as pessoas se manifestem.
O chapéu verde, facilita o pensamento lateral, a carona numa idéia para buscar outra parecida ou não. É o que Bono chama de movimento em lugar de julgamento, ou sair de uma idéia a fim de chegar noutra, nova. É claro que uma pessoa de chapéu verde está autorizada a enunciar idéias malucas.
Finalmente, o chapéu verde representa a busca de alternativas. Há necessidade de ser ir além do conhecido, do óbvio e do satisfatório.
Chapéu Azul
Imagine um painel de controle: operando este painel está alguém de boné azul e macacão azul. Usando esta cor, não pensamos mais sobre um assunto, estamos pensando sobre o processo de pensar no assunto.
Imagine uma orquestra. O maestro não produz música, ele apenas comanda a sua produção. O que o maestro representa para a orquestra, o chapéu representa para o pensamento.
Usando o azul, dizemos aos (outros e a nós mesmos) quando mudar de chapéu, e qual usar. Imagine um computador funcionando. O chapéu azul é o programador que lhe diz o que fazer. Ele organiza, controla, estabelece começo meio e fim, e serve para operacionalizar o processo do pensamento. É sua tarefa colocar ordem no que parece seu uma discussão caótica. É também dele a responsabilidade de fazer o resumo final e preparar o relatório.
Naturalmente, o líder em qualquer reunião encarna o chapéu azul. Isto não significa que os outros não possam requerê-lo, mas quem estiver preocupado com a produtividade final da reunião e com o controle do seu andamento, estará usando-o.
Introdução
A técnica dos seis chapéus foi proposta originalmente por Edward de Bono, um médico inglês que dedicou e dedica sua vida a estudar os processos de pensamento. Ela está completamente descrita no livro “Seis chapéus” de E. Bono, Editora Vértice, São Paulo, no qual este trabalho se baseou.
Este processo de organizar o pensamento busca diminuir a complexidade e permitir ao pensador lidar com uma coisa de cada vez. Como em um mapa que vai sendo construído, em que é feita uma impressão para cada cor, pra o final ter-se o mapa completo.
O processo pode ser usado individualmente, mediante uma troca auto consciente de chapéus (e conseqüentemente de pontos de vista). Pode também ser usado coletivamente desde que todos os participantes de uma reunião conheçam o método.
Se algum participante não o conhece, pode-se esclarecê-lo em poucos minutos antes do início do trabalho.
É obvio que não existem chapéus físicos de cada cor. Trata-se apenas de uma figura de raciocínio que pode facilmente ser invocada ao longo do trabalho e facilmente entendido por todos. O que se recomenda é que no início (até todos se acostumarem com as cores e seus significados) se coloque no centro da reunião a cartela em anexo, e que simplesmente cada uma das cores.
Este método tem sido usado há quase um ano, em processo experimental, na DISUD, com resultados mais que satisfatórios.
O processo do pensamento
As pessoas não se importam em passar por tolas desde que saibam que estão apenas representando um papel. Até vão orgulhar-se de fazer bem este papel, procurando desempenhar o melhor bobo possível: isto torna-se uma medida de realização e superioridade.
Sem a proteção de um papel formal, o ego corre risco. Representar alguém permite ao ego ir além de sua imagem. Assumir o papel de um pensador, no sentido amplo do termo é um passo valioso para o objetivo tornar-se um. Assim, de Bono sugere a existência de um “chapéu pensante”. Apenas para exemplificar, ele sugere a utilidade de um verdadeiro chapéu pensante:
.... Não perturbe, não vê que eu estou pensando?
... Acabemos com esta discussão e coloquemos nossos chapéus para enfocarmos o assunto.
... Quero ver você usando o seu chapéu e pensando sobre...
... Você me paga para pensar. Cá estou eu de chapéu.
Usando o conceito de pensamento por mapeamento de Bono sugere que o chapéu de pensar seja na verdade desmembrado em 6 papéis cada um representando por um chapéu de cor diferente.
Você escolhe qual dos seis chapéus quer colocar em um dado instante. Colocando (simbolicamente, é claro) o chapéu, passa a desempenhar o papel definido por ele. Você pode assistir-se representando o papel, e o faz como quiser. Seu ego está protegido pelo papel.
Ao trocar de chapéu deve trocar de papel. Você se torna um conjunto de pensadores diferentes – todos usados a mesma mente.
Proposta dos seis chapéus
Além da caracterização de seis papéis, o processo de pensamento segue os seguintes condicionantes:
Atenção dirigida
Os seis chapéus nos dão um recurso para dirigirmos a atenção a seis pontos diferentes de um determinado assunto.
Conveniência
É um método funcional para instigar alguém (você) a mudar seus padrões. Você pode ser negativo ou deixar de sê-lo. Pode propor a alguém abandonar seu lado emocional, e assim por diante.
Regras do jogo
As pessoas se tranqüilizam sabendo as regras do jogo. Aprender as regras é uma das mais significativas maneiras de aprendizagem das crianças; isto protege a todos e permite maior liberdade e produtividade da reunião.
Os 6 chapéus
Cada um dos chapéus tem uma cor: amarelo, azul, branco preto, verde e vermelho. A cor dá o nome ao chapéu, e está relacionada à sua função.
Branco
Neutro e objetivo, o branco se preocupa com fatos objetivos e as idéias referentes a estes fatos.
Vermelho
O vermelho é a emoção, a raiva e a violência. Ele confere a perspectiva emocional de uma circunstância.
Preto
Sombrio e negativo. Sempre responde à pergunta; “Por que não podemos fazer isto?”
Amarelo
Luminosidade e caráter positivo. É otimista e esperançoso.
Verde
Criatividade e novas idéias. Fertilidade, grama, vegetação e abundância.
Azul
Frio. Controla a organização do pensamento. Cuida dos demais chapéus.
Para facilitar a lembrança, podemos citá-los aos pares:
brancos (fatos) X vermelho (emoção)
preto ( negativo) amarelo (positivo)
verde (criatividade) X azul (controle)
Na prática os chapéus sempre são chamados pelas suas cores e NUNCA pelas suas funções. è muito fácil dizer a alguém: “Tire seu chapéu preto” do que dizer “não seja negativo”.
A técnica tem mais eficiência quando todos a conhecem e estão acostumados com ela. Podemos ter:
... Vamos colocar o chapéu vermelho por alguns instantes.
... Está bom para o chapéu amarelo. Agora vamos ao branco.
... Todos mundo de chapéu verde, e assim por diante.
Chapéu branco
Com o chapéu branco, sua própria opinião jamais é permitida. Você de expor os fatos de maneira objetiva e desapaixonada. Imagine-se como um computador. A pessoa que busca informações pode valer-se de perguntas dirigidas.
O chapéu branco (ausência de cor) indica neutralidade.
Exemplo: O que houve de errado com a nossa campanha de vendas? Colocando o chapéu branco, vou responder. Atingimos 34% dos varejistas. Destes, 60% compraram o produto. Dos que compraram, 40% ficaram com 2 itens por experiência. Das pessoas que contactamos, 70% disseram que o preço estava alto. Existem dois produtos no mercado que têm preço menor que o nosso.
Chapéu vermelho
Este gira em torno de emoções, sentimentos e aspectos não racionais do pensamento. O chapéu vermelho provê um mecanismo legítimo de trazer esses sentimentos. Se eles não são permitidos como estímulos ao pensamento, agirão às escondidas e influenciarão de maneira indireta.
... Não gosto dele e não quero fazer negócio com ele.
... Tenho um palpite de que aquele terreno valerá muito no futuro.
... Este projeto projeto está horrível. Nunca dará certo.
Este chapéu dá autorização para expressar sentimentos que vão da emoção à pressuposição, sem necessidade de qualquer justificativa ou explicação.
O chapéu vale também para fazer observações sobre o processo da discussão e não apenas sobre o assunto em discussão:
... Sr. Souza, meu ponto de vista com o vermelho, é que o senhor nunca escuta ninguém.
... Disse o que queria
e agora retiro o meu chapéu vermelho.
Comparada a uma reunião tradicional o estabelecimento do chapéu vermelho pode parecer uma artificialidade, mas é justamente ela que permite a alguém ligar-se e desligar-se de uma emoção em um breve instante.
Não há mais necessidade de tentar adivinhar os sentimentos alheios. Há u meio de investigá-los diretamente: ... Ponha o seu chapéu vermelho e diga o que acha de minha proposta.
Acoisa mais difícil no uso do vermelho, é resistir à tentação de justificar uma emoção manifesta. O chapéu a torna desnecessária. Isto significa que somos livres para termos os preconceitos que quisermos. Não seria perigoso? Pelo contrário, pior será se os preconceitos vierem racionalizados ao invés de serem pura emoção.
Para finalizar, o vermelho é a expressão da emoção, do palpite, da intuição, do sexto sentido, do gosto, do sexto sentido, do gosto, do sentimento estético e assim por diante.
Chapéu preto
Aparentemente este é o chapéu mais fácil de usar. Isto se deve a ênfase ocidental sobre a argumentação e o criticismo. Muita gente acha que a principal função do pensamento está no uso do chapéu preto.
O chapéu preto é sempre lógico. É negativista, mas não emocional. Com o chapéu preto, razões lógicas e relevantes devem sempre ser apresentadas.
Uma pessoa que é negativa por natureza sempre introduzirá sua negatividade no pensamento. No tipo desordenado de pensamento – aquele no qual fazemos tudo de uma só vez – o tom será sobretudo negativo, o chapéu preto realmente limita a negatividade. Um pensador pode ser convidade a tirar o chapéu preto, assim:
... Seu chapéu preto esteve soberbo. Por que você não coloca outro chapéu por um ou dois minutos? ou entâo:
... Geralmente emprestamos o chapéu preto de Sílvia. Quando ela não o usa, parecenão ter o que dizer.
O pensamento negativo é atraente porque sua realização é imediata e completa. Detectando-se algum erro atinge-se satisfação imediata. Atacar uma idéia dá uma sensação de superioridade. Elogiar parece subordinar quem elogia ao dono da idéia.
Em resumo, o dono do preto deve apontar para o que é falso, incorreto ou equivocado. Ele indica riscos e perigos.
Chapéu amarelo
Ser positivo é procurar vantagens. É o contrário do chapéu preto. Infelizmente é mais fácil ser negativo que positivo. O pensamento positivo tem que ser uma mistura de curiosidade, prazeres, ambição e desejo de “fazer acontecer”.
O chapéu amarelo não está diretamente relacionado à criatividade. Este é o chapéu verde. Uma pessoa pode ser excelente pensador de chapéu amarelo e nunca ter tido uma idéia nova. A aplicação eficiente das velhas idéias é prórpio do chapéu amarelo. Dele saem propostas concretas e sugestões. É especulativo e explorador de oportunidades.
Chapéu Verde
Novas idéias e novas formas de ver as coisas. Ele trata de mudanças. As idéias novas são delicadas plantinhas que precisam do chapéu verde par protegê-las da geada, do hábito do chapéu preto.
O chapéu verde em sí, não transforma as pessoas em criativas. Entretanto, dá tempo e enfoque para ser criativo. Se você gasta mais tempo buscando alternativas, está propenso a encontrar mais delas. A criatividade é mais do que ser apenas positivo e otimista. Emoções positivas ficam para o vermelho. Avaliações positivas ficam para o amarelo. O que o verde quer são idéias novas de verdade, novas soluções e alternativas inéditas.
Com este chapéu, não podemos exigir uma idéia nova, ao contrário do que podemos fazer om os outros chapéus, onde podemos exigir que as pessoas se manifestem.
O chapéu verde, facilita o pensamento lateral, a carona numa idéia para buscar outra parecida ou não. É o que Bono chama de movimento em lugar de julgamento, ou sair de uma idéia a fim de chegar noutra, nova. É claro que uma pessoa de chapéu verde está autorizada a enunciar idéias malucas.
Finalmente, o chapéu verde representa a busca de alternativas. Há necessidade de ser ir além do conhecido, do óbvio e do satisfatório.
Chapéu Azul
Imagine um painel de controle: operando este painel está alguém de boné azul e macacão azul. Usando esta cor, não pensamos mais sobre um assunto, estamos pensando sobre o processo de pensar no assunto.
Imagine uma orquestra. O maestro não produz música, ele apenas comanda a sua produção. O que o maestro representa para a orquestra, o chapéu representa para o pensamento.
Usando o azul, dizemos aos (outros e a nós mesmos) quando mudar de chapéu, e qual usar. Imagine um computador funcionando. O chapéu azul é o programador que lhe diz o que fazer. Ele organiza, controla, estabelece começo meio e fim, e serve para operacionalizar o processo do pensamento. É sua tarefa colocar ordem no que parece seu uma discussão caótica. É também dele a responsabilidade de fazer o resumo final e preparar o relatório.
Naturalmente, o líder em qualquer reunião encarna o chapéu azul. Isto não significa que os outros não possam requerê-lo, mas quem estiver preocupado com a produtividade final da reunião e com o controle do seu andamento, estará usando-o.