Cada vez mais esperançoso sobre o desenvolvimento e o uso dos programas de código aberto, Jon “Maddog” Hall, o presidente da Linux Internacional, se transformou num verdadeiro peregrino do software livre mundo a fora. Em sua concorrida agenda ele reservou espaço para participar da Latinoware Mercosul em Curitiba. Por onde passa ele reúne um público bastante heterogêneo, desde executivos de grandes coporações empresariais e governamentais até comunidades carentes, como aconteceu no início de setembro na zona sul de São Paulo.

E foi nessa última viagem ao Brasil que “Maddog” Hall previu que em cinco anos o Linux vai ocupar de 30 a 50% do mercado de desktops do mundo. Para ele a razão é simples: “as pessoas estão cansadas de lidar com licenças de uso de software e dos ataques de vírus. Estão cansadas de ter de fazer upgrade de hardware toda vez que a Microsoft lança uma nova versão de software. Em países em desenvolvimento, as pessoas não podem comprar software e têm medo que a repressão à pirataria aumente. China, Tailândia e Malásia buscam software livre não só porque o custo das licenças destruiria suas economias, mas porque podem alimentar uma indústria própria”, sentencia.