Prêmio CELEPAR de Informática e Cidadania
Rubemyr Maria Secco Chaiben é a vencedora do Prêmio CELEPAR de Informática e Cidadania - Concurso de Propostas de Uso da Tecnologia da Informação no Governo do Paraná, realizado pela companhia no ano passado. Ela é formada em Pedagogia pela Universidade Tuiuti do Paraná e especialista em Psicologia do Trabalho pela Universidade Federal do Paraná. Rubemyr é funcionária da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná há 24 anos e trabalha no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, há 8 anos, onde é coordenadora do Centro de Estudos, Pesquisa e Desenvolvimento Humano.
Com o trabalho "E-Voluntários da Saúde Infantil: uma Proposta de Humanização da Assistência às Crianças Hospitalizadas", ela foi a primeira colocada no concurso. Em segundo lugar ficou Rodrigo Asturian da Companhia de Habitação do Paraná - COHAPAR, que concorreu com o projeto Blogs! Paraná; e em terceiro Paulo Sérgio Bulguerolli, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - Núcleo Regional de Paranavaí. Nesta entrevista Rubemyr Chaiben fala sobre a sua pesquisa e as possibilidades de implantação da mesma. "Ter conseguido passar uma idéia que foi valorizada é um reconhecimento de amor e de esforço", diz.
BB: Como você soube do prêmio?
Rubemyr: Fiquei sabendo através do folheto e quando percebi que era voltado exclusivamente para funcionários públicos eu me senti muito valorizada, percebi que era uma ótima oportunidade que a CELEPAR proporcionava.
Rubemyr Maria Secco Chaiben durante a entrega do Prêmio CELEPAR de Informática e Cidadania
BB: O que a levou a escrever a proposta para participar do prêmio CELEPAR?
Rubemyr: A idéia surgiu pela minha experiência aqui no Hospital do Trabalhador em querer relacionar a tecnologia com a comunicação interna e externa do hospital. Tenho como objetivo realizar um trabalho com voluntários que possam atender individualmente as crianças internadas, fazendo com que elas tenham um contato com o computador, acessando a Internet, escrevendo e-mails e conversando com outras pessoas, ídolos, etc. Esses voluntários levariam até os internados um notebook que seria usado em um determinado momento para isto. O que contribuiu também para a idéia foi o exemplo da IBM, que já faz um trabalho de voluntariado eletrônico.
BB: Como você considera o prêmio?
Rubemyr: Eu achava que a minha idéia não iria ser tão prestigiada, que teriam outras muito melhores, até porque eu não tenho muito conhecimento de informática. Mas, isso mostra que as pessoas têm de acreditar nas suas idéias e na experiência de vida e não guardá-las para si.
BB: Como você se sentiu sendo a vencedora do prêmio?
Rubemyr: Fiquei muito satisfeita e orgulhosa com o prêmio, trouxe muita alegria para a minha casa. Ter conseguido passar uma idéia que foi valorizada é um reconhecimento de amor, de esforço e de experiência de trabalho dedicado ao servidor público.
BB: Qual é o enfoque da sua proposta?
Rubemyr: Humanizar a assistência hospitalar com relação a internamentos, principalmente de crianças, para diminuir a dor, o sofrimento e o medo, tudo isso relacionado à comunicação via Internet com os voluntários eletrônicos.
BB: Há quanto tempo você pensava em escrever algo sobre isso?
Rubemyr: Nunca pensei em escrever. Parei para pensar quando recebi o folheto do prêmio.
BB: Foi muito trabalhoso?
Rubemyr: Foi um pouco trabalhoso porque eu tive de fazer um estudo sobre o conteúdo, sobre a escrita mais voltada para a área tecnológica, o que foi mais difícil. Também tive que buscar mais informações sobre a área de informática e da literatura de crianças hospitalizadas.
BB: Qual a possibilidade de implantação do seu trabalho?
Rubemyr: No próprio Hospital do Trabalhador há possibilidades de implantação, mas dependerá de recursos. A princípio não precisará de nenhum equipamento tão moderno, apenas micros e estagiários que possam ajudar as crianças e ainda, auxiliando a conquistar novos voluntários.
BB: Qual a importância da realização de trabalhos que associem a informática e o social?
Rubemyr: A relação da informática com o social é a questão da humanização. O poder de humanizar as pessoas, fazer com que elas se comuniquem, perceber que o computador é muito além de uma máquina. É o retorno da máquina para o homem, facilitando a comunicação da sociedade.
BB: Na sua opinião, a informática pode otimizar a vida do cidadão?
Rubemyr: Com certeza. Em todos os sentidos. Desde querer mandar um recado, de se informar, etc.
BB: Como você acompanha o trabalho da CELEPAR na área da saúde?
Rubemyr: No momento, estou acompanhando o processo HOSPUB - Sistema de Informações Hospitalares que será implantado pela CELEPAR aqui no hospital.
Confira o projeto da vencedora do prêmio CELEPAR de Informática e Cidadania na íntegra no Batebyte 126 - novembro/2002, p.03: Projeto e-voluntários da saúde infantil: uma proposta de humanização da assistência às crianças hospitalizadas.