Processamento cooperativo

Autor: Jose Francisco Marochi Mayer


O primeiro ponto a se falar sobre Processamento Cooperativo (PCOOP) é que, como o próprio nome já diz, é uma cooperação entre micro e o Mainframe. Cooperação pressupõe trabalhar em conjunto, em comum acordo, para atender um determinado objetivo.

Neste caso qual o nosso objetivo?

Usar ao máximo as potencialidades do Micro e do Mainframe de forma a prestar uma informação precisa, de boa qualidade e fundamentalmente com boa apresentação.

Muitos descartam a apresentação mais elaborada da informação dizendo que o mais importante é o conteúdo – e estão corretos sob o ponto de vista estritamente racional – e não a forma. Porém devemos lembrar que trabalhamos com seres humanos e que, neste caso, a forma de apresentação pode ser a diferença entre o bom e mau entendimento; entre tomar uma decisão em minutos ou horas.

Enfim para completar este papo inicial, estudos efetuados nos EUA (Temple, Backer & Sloane – Instituto de Pesquisas, sediado em Massachussets) mostram que existe um ganho em torno de 35%, de velocidade e qualidade, na utilização de sistemas que usam GUI (Graphic User Interface) contra os mesmos sistemas utilizando CUI ( caracter User Interface).

O processamento Cooperativo pode racionalizar, também, a utilização dos equipamentos e das linhas de comunicação, promovendo apenas o tráfego dos dados e não dos “enfeites” das telas (que é o que ocorre quando estamos utilizando os terminais chamados “burros”, sem capacidade de processamento local).

Agora vamos ao que interessa. Como se processa o PCOOP? Em primeiro lugar é necessário estar diante de um micro computador que tenha uma placa de comunicação ou uma rede (LAN) com servidor de comunicação. Efetuar os procedimentos padrão para o “start” da linha de comunicação. Instalar o Software de PCOOP e então ativar o programa do Micro que irá “conversar” com o Mainframe.

Olhando mais atentamente para este processo veremos que no fundo o programa iniciado no micro nada mais é do que um operador de altíssimo nível de resposta, não consegue tomar decisões por conta própria.

Para facilitar esta “conversa” entre o Micro e o Mainframe a Divisão de Suporte ao Processamento Distribuído (DISPD) elaborou algumas rotinas padrão, disponibilizadas a partir do mês de junho, em seqüência a Palestra apresentada sobre o assunto em epígrafe.

Rotina de Login: usada para estabelecer o credenciamento junto a uma aplicação, através da tela do CIS, tendo inclusive as mesmas informações como chave, senha, opção, aplicação e nova senha. Fica a cargo do projetista da aplicação pedir todas essas informações, ou apenas as que entender necessárias, para seu usuário.

Rotina de Logout: usada para fechar uma sessão aberta através da rotina de Login.

Rotina de Envia:usada para enviar as informações que são esperadas, pelo programa ativo, na sessão aberta ou um comando (Roscoe ou Natural). Pode ser enviado um campo, uma linha inteira ou até mesmo uma tela. O limite é uma tela (24 x 70 =1920 bytes). Devemos imaginar no PCOOP que a tela é um Buffer de Comunicação onde podemos dispor e arranjar as informações, estabelecendo o protocolo de conversa entre o Micro e o Mainframe para uma determinada aplicação.

Rotina de Recebe: usada para receber um buffer de comunicação (tela) analisando e tomando as devidas providencias com o seu conteúdo.

O seguinte esquema mostra de forma simplificada os procedimentos do PCOOP:

Após ligar Micro
Instalar programa Cooperativo
Ativar linha de Comunicação

Executar programa do Micro

Efetuar Login

Corpo do Programa

Envia
.
.
Recebe
.
.

Fim Corpo Programa

Efetuar Logout

A grande diferença entre o PCOOP e a simples CM (Comunicação Micro Mainframe) é que no primeiro caso temos um programa do Micro escrito por quem desenvolveu a aplicação comandando o processo, enviando e recebendo buffers de comunicação.

No segundo, estamos diante de um terminal 3270, executando um programa fechado do Mainframe, com a possibilidade de gravar ou ler arquivos de uma unidade de disco no Micro.

Um aspecto relevante é podermos integrar informações locais (armazenadas no Micro) com informações do Mainframe. Também é importante ressaltar que enquanto se estabelece o diálogo, entre o micro e o mainframe, para o usuário final pode se estar apresentando outras informações. Isso proporciona a sensação de menor tempo de resposta mesmo buscando dados no Mainframe.

A DISPD está liberando nesta fase inicial um pacote com as rotinas padrão, em Clipper, bem como o devido suporte para aqueles que quiserem dispor do PCOOP agora. Nesta primeira fase estamos trabalhando ainda com a Placa de Comunicação da SKY, versão 3.17. Paralelamente estamos desenvolvendo testes com outras placas de comunicação e aumentando o patamar das rotinas padrão para serem usadas com outras linguagens, além do Clipper, como Cobol, “C”, ASM...

Ao cedermos as rotinas padrão estamos também cadastrando os usuários de forma que possamos sempre mantê-los informados a respeito das evoluções e novas rotinas desenvolvidas. É importante que estas rotinas padrão sejam adotadas agora para que no futuro, com evoluções que já prevemos, as aplicações desenvolvidas dentro desta tecnologia possam ser incrementadas com maior facilidades, velocidade e pouco desgaste. No mais é só usar.... ingresse já no maravilhoso mundo do Processamento Cooperativo.