Que papelão
Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro
Dizem que os analistas e programadores têm um parafuso a menos na cabeça. Pessoalmente, não posso concordar com isto, mas no fundo, no fundo, sou obrigado a aceitar que estas pessoas são, no mínimo, “maniáticas”.
Certa vez, um colega nosso tomou uma chuvarada e, ato contínuo resolveu: “nunca mais vou andar sem a proteção de um guarda-chuva”. Dito e feito, depois dessa data, fosse onde fosse, lá ia o nosso amigo com o guarda-chuva pendurado no braço. Fizesse sol, neblina ou tempo feio, era sua companheira inseparável. Dizem as más línguas, que ele chegou a ser visto indo à cantina... de guarda-chuva.
Um dia, às 2 horas da tarde, nosso colega chegou, e estava preocupado em não perder o horário bancário. Naquele tempo, não tínhamos agência dentro da CELEPAR. A todos avisava “Às 3 e meia preciso ir ao Banco do Brasil”. Agia assim, como distraído que era ( e é), para não se esquecer, e perder a hora. ? Enfim, lá pelas tantas, até as pedras do estacionamento sabiam que ele iria ao BB ( e certamente como o guarda-chuva pendurado).
Nisso, lá pelos lados de Santa Felicidade, começou a se armar uma tempestade. Ventos, céu escurecendo, trovões abafados, uma tarde de outono tipicamente curitibana. Foi o que bastou para se preparar um complô contra nosso colega. O seu inseparável guarda-chuva ( que estava ao lado da cadeira) foi enchido com milhares de picotes da perfuradora de cartões IBM 029, naturalmente se que ele percebesse. Tais picotes são pedacinhos mínimos de cartolina, que grudam na roupa, entram nos cabelos, e não há quem se livre facilmente deles.
Às 10 para as quatro, entra nosso personagem como um tufão ( o banco estava fechando) cata o guarda-chuva e sai correndo. Meia CELEPAR correu para a janela, acompanhou o seu carro ( uma Brasília) sair cantando pneu.
As 5 horas, volta o cidadão ensandecido de fúria, xingando a tudo e a todos. Só alguns dias depois, a curiosidade geral foi satisfeita, e mais calmo, ele contou o que acontecera: Estando ele dentro do Banco do Brasil ( com guarda-chuva pendurado), desabou um dilúvio sobre Curitiba. Quando ele saiu, na marquise da Praça Tiradentes havia um aglomerado de gente se protegendo da chuva. Ele saiu e, como estava de guarda-chuva, tranqüilamente pediu licença, foi até a ponta da marquise e...abriu o dito cujo. Com isso, caiu confete sobre todo mundo, o que gerou um profundo mal-estar. Alguns, preferiram até voltar a enfrentar a chuva (de água) a se arriscar a tomar outra chuva de papel. Nosso colega tratou logo de se escafede de volta para a CELEPAR, indignado e furioso.
O final da história? O guarda-chuva foi aposentado.
Dizem que os analistas e programadores têm um parafuso a menos na cabeça. Pessoalmente, não posso concordar com isto, mas no fundo, no fundo, sou obrigado a aceitar que estas pessoas são, no mínimo, “maniáticas”.
Certa vez, um colega nosso tomou uma chuvarada e, ato contínuo resolveu: “nunca mais vou andar sem a proteção de um guarda-chuva”. Dito e feito, depois dessa data, fosse onde fosse, lá ia o nosso amigo com o guarda-chuva pendurado no braço. Fizesse sol, neblina ou tempo feio, era sua companheira inseparável. Dizem as más línguas, que ele chegou a ser visto indo à cantina... de guarda-chuva.
Um dia, às 2 horas da tarde, nosso colega chegou, e estava preocupado em não perder o horário bancário. Naquele tempo, não tínhamos agência dentro da CELEPAR. A todos avisava “Às 3 e meia preciso ir ao Banco do Brasil”. Agia assim, como distraído que era ( e é), para não se esquecer, e perder a hora. ? Enfim, lá pelas tantas, até as pedras do estacionamento sabiam que ele iria ao BB ( e certamente como o guarda-chuva pendurado).
Nisso, lá pelos lados de Santa Felicidade, começou a se armar uma tempestade. Ventos, céu escurecendo, trovões abafados, uma tarde de outono tipicamente curitibana. Foi o que bastou para se preparar um complô contra nosso colega. O seu inseparável guarda-chuva ( que estava ao lado da cadeira) foi enchido com milhares de picotes da perfuradora de cartões IBM 029, naturalmente se que ele percebesse. Tais picotes são pedacinhos mínimos de cartolina, que grudam na roupa, entram nos cabelos, e não há quem se livre facilmente deles.
Às 10 para as quatro, entra nosso personagem como um tufão ( o banco estava fechando) cata o guarda-chuva e sai correndo. Meia CELEPAR correu para a janela, acompanhou o seu carro ( uma Brasília) sair cantando pneu.
As 5 horas, volta o cidadão ensandecido de fúria, xingando a tudo e a todos. Só alguns dias depois, a curiosidade geral foi satisfeita, e mais calmo, ele contou o que acontecera: Estando ele dentro do Banco do Brasil ( com guarda-chuva pendurado), desabou um dilúvio sobre Curitiba. Quando ele saiu, na marquise da Praça Tiradentes havia um aglomerado de gente se protegendo da chuva. Ele saiu e, como estava de guarda-chuva, tranqüilamente pediu licença, foi até a ponta da marquise e...abriu o dito cujo. Com isso, caiu confete sobre todo mundo, o que gerou um profundo mal-estar. Alguns, preferiram até voltar a enfrentar a chuva (de água) a se arriscar a tomar outra chuva de papel. Nosso colega tratou logo de se escafede de volta para a CELEPAR, indignado e furioso.
O final da história? O guarda-chuva foi aposentado.