Suporte ao Desenvolvimento de Sistemas

Autora: Maria Alexandra V. C. da Cunha

Treinamento

Na introdução de um de seus livros ("Análise Estruturada Moderna", RJ: Ed Campus, 1990), Edward Yourdon diz:

" ... a análise de sistemas é mais interessante do que tudo o que conheço, excetuando, talvez sexo, e certos tipos de vinhos da Austrália."

O pessoal do grupo de Metodologia da DISUD concorda com Yourdon - Análise de Sistemas é um assunto realmente, mesmo sem nunca ter provado vinhos australianos.

No mês de Janeiro esse grupo de Metodologia da DISUD (Divisão de Suporte ao Desenvolvimento) da GST (Gerência de Suporte Técnico) iniciou o programa de treinamento/reciclagem da Celepar em técnicas de análise e construção de sistemas. O programa foi montado a partir de cursos externos feitos por funcionários da Celepar e da bibliografia disponível sobre o assunto. Tentou-se "peneirar" o material coletado, ou seja, adaptá-lo a nossa cultura e dos nossos clientes, ao nosso ambiente diversificado.

O treinamento é um pacote, formado por vários módulos, onde cada módulo é pré-requisito para o seguinte.

Do pacote completo fazem parte:

1. MDS - Metodologia de Desenvolvimento de Serviços:
2. RACS - Roteiro de Análise e Construção de Sistemas;
3. Modelagem Participativa;
4. Modelagem de Negócio;
5. Modelagem de processos;
6. Modelagem de Dados;
7. IHM - Interface Homem Máquina;

Sabe-se que faz parte da formação de um Analista de Sistemas conhecer inúmeras técnicas, no sentido de escolher aquela que se adapta melhor ao tipo de problema que lê tem nas mãos, ou até mesmo a sua maneira pessoal de trabalhar.

Este primeiro programa de treinamento/reciclagem apresenta algumas das técnicas que os Analistas de Sistema podem utilizar, mas não esgota o assunto.

Algumas das técnicas apresentadas não são novidade para a Celepar (como modelagem de Processos e Modelagem de Dados), outras, apesar de não serem novidades no meio de informática, apresentam conceitos novos que podem ser incorporados a forma com que tradicionalmente conduzimos o desenvolvimento de um sistema (como Modelagem participa e Modelagem de Negócio).

Resumo do Conteúdo dos Módulos

1) MDS - Metodologia de Desenvolvimento de Serviços.

A Celepar pode prestar ao Estado diferentes tipos de serviços, entre os quais: Planejamento de Informática, Desenvolvimento de Sistemas, Aperfeiçoamento de Sistema já existente, Repasse de Projeto Físico a terceiros, Aquisição e Implantação de Pacotes, instalação de unidades computacionais, Consultorias, Parcerias, enfim, tem que estar preparada para servir o Estado a melhor forma possível, mesmo através de formas não tradicionais.

Para cada tipo de serviço a Metodologia se propõe a ter um roteiro disponível, para dar orientação ao técnico, para servir de guia na condução dos trabalhos. O RACS (Roteiro de Análise e Construção de Sistemas) é o primeiro desses roteiros disponibilizado.

A MDS contém, além desses roteiros, métodos aplicáveis a cada tipo de serviço, as técnicas (ou embasamento teórico) como as de modelagem (de negócio, de processos, de dados), as ferramentas de apoio e aumento de produtividade (como o Dicionário de Dados u ferramentas CASE), orientações para o planejamento e alocação de recursos e ainda as normas e padrões da Celepar.

2) RACS - Roteiro de Análise e Construção de Sistemas.

Este é o serviço preferido por Yourdon - Análise e construção de sistemas.

A palestra apresenta um roteiro para o serviço de análise e construção de um sistema, roteiro este que contempla o desenvolvimento de um sistema desde a investigação da situação problema até a implantação.

3) Modelagem Participativa

Uma técnica a ser empregada durante a investigação de um problema ( seja de análise de sistemas, de planejamento ou mesmo organização). É uma adaptação da técnica JAD(Joint Aplication Design) as características da Celepar, e significa basicamente modelar o problema e o início da solução em conjunto com o usuário.

4) Modelagem do negócio

Pode ser empregada na fase de Investigação da Situação Problema, para conhecer uma organização e identificar as necessidades de informação que a Celepar deve suprir com o desenvolvimento de sistemas. Neste caso, o Modelo Funcional da Organização, o Diagrama de Contexto e uma Descrição preliminar de mensagens, são obtidos após as realizações das sessões de modelagem, envolvendo usuários e analistas.

A modelagem de Negócio é uma técnica que também pode ser utilizada na solução de problemas organizacionais, no estabelecimento de diretrizes dos órgãos e na elaboração de Planos Diretores de Informática. Eventualmente a Celepar poderá oferecer prestação de serviços nestas áreas.

5) Modelagem de processos

Técnica para modelar os processos (funções) de Sistema de informações, mostrar a sua interação com o ambiente externo (através da troca de informação), e proceder a descrição desses processos e dos fluxos de dados entre os processos, numa ferramenta de dicionário de dados.

6) Modelagem de Dados

Das técnicas apresentadas esta é a de conhecimento mais difundido na Celepar. No curso são vistas as entidades, os relacionamentos entre elas e técnicas de normalização.

7) IHM - Interface Homem Máquina

A interface Homem Máquina é o meio pelo qual o Homem e o computador se comunicam. O curso responderá a questão de como amenizar a barreira existente entre os dois, e mostrar uma perspectiva de como usar o computador como Mídia da Celepar.

Informações

Com esta série de cursos pretende-se atingir quase que a globalidade dos técnicos da Celepar - todos os Analistas de Sistemas e Atendimento e ainda aqueles das áreas de Suporte e Produção que tiverem interesse sobre o assunto(avalizados pela gerência). Os cursos serão repetidos a intervalos curtos com turma de 8 a 16 pessoas, para que em um ano, no máximo, todos tenham participado. Cabe as gerências de cada área definir as prioridades de participação.

A DISUD está insistindo de que os pré-requisitos devem ser obedecidos por que existe uma ordem natural na apresentação das técnicas. Muitos dos exemplos trabalhados num curso são oriundos do curso anterior, para que se tenha uma idéia do encadeamento entre todas técnicas. Se o treinando possuir conhecimento notório sobre um dos pré-requisitos, ele não precisará seguir o módulo que trata do assunto, basta conversar com o pessoal da DISUD.