Terceirização - Experiência 2
Autor: Paulo Alcion de Oliveira
Na edição do Bate Byte número 63 - Abril/97 foi comentado sobre experiências com terceirização vinculada a uma equipe da área de desenvolvimento da CELEPAR (GPS/DITEC-E), sendo apresentados dois tipos de contratação: um de recursos para o desenvolvimento de vários serviços e outro para a contratação de desenvolvimentos específicos (aplicações).
Neste artigo será apresentado, com mais detalhes, o segundo tipo, pois no anterior tratamos o primeiro.
Nesta modalidade, é elaborado edital de licitação para a contratação de uma solução específica. Neste sentido, vários projetos foram e estão sendo executados. A idéia é a preparação de editais e que estes sejam publicados pelo cliente demandante, cabendo à CELEPAR o processo de acompanhamento e garantia da qualidade.
A melhor abordagem a ser adotada, quando se dispõe de recursos, seria desenvolver internamente o sistema até o projeto lógico. Desta forma, a contratação torna-se mais justa, tanto para o contratante como para o contratado. A vantagem deste procedimento seria a definição clara dos produtos esperados pelo contratante, sendo que o contratado pode verificar se os produtos a serem entregues, os custos e prazos, podem ser assumidos por sua empresa. Não havendo recursos ou prazo suficiente é importante definir, da melhor forma possível, os produtos esperados.
Atualmente, temos projetos sendo implantados e outros em processo de especificação. Os trabalhos iniciais são de levantamento de necessidades e especificação de solução, por líder de projeto. Após esta fase é montado edital de licitação, sendo que o preço máximo e prazo são baseados no cálculo de Pontos de Função, a partir das características, requisitos e produtos levantados. Podem surgir necessidades de complementação do preço e prazo motivado pela necessidade de serviços adicionais, como por exemplo: treinamento a ser oferecido a usuários da aplicação ou a necessidade de distribuição da aplicação em grande número de locais. O pagamento é estabelecido por fases e percentuais do custo apresentado, levando em conta a entrega de produtos parciais.
O líder do projeto fornece suporte ao cliente durante o processo de contratação, na organização das atividades e no repasse das informações à empresa contratada. Fica, também, responsável pela verificação da qualidade dos produtos parciais entregues. A cada fase concluída, os produtos são avaliados (e testados) pelo líder e cliente, sendo emitidos laudos técnicos, conforme previsto no Roteiro de Revisão Técnica - RREV da Metodologia de Desenvolvimento de Serviços - MDS. Estes laudos são repassados ao cliente, que providencia o pagamento da fase, conforme percentual estabelecido no edital.
São estabelecidas reuniões periódicas de acompanhamento do projeto, visando verificar o andamento das atividades, eventuais dificuldades e medidas corretivas. Havendo mudanças nos requisitos iniciais e/ou inserção de novas rotinas, devem ser promovidas negociações visando a atendê-las durante o processo de acompanhamento. As dificuldades no atendimento dos requisitos do projeto pela empresa contratada também devem ser tratadas e documentadas nas atas de reunião de acompanhamento.
Após a conclusão do sistema, o líder prepara relatório final do projeto, com base nos laudos técnicos e nas atas de reunião de acompanhamento. Este relatório é entregue ao cliente, que conta com informações para qualquer eventual negociação.
Os projetos transcorrem dentro de uma normalidade só possível devido ao constante acompanhamento das atividades. A forma organizada de trabalho, já no início do projeto, gera segurança junto ao cliente, entendendo a CELEPAR como adaptada e interessada em seus objetivos. Neste contexto, o líder do projeto apresenta resultados apoiado nos processos descritos na metodologia, adaptando-os às características e requisitos de cada projeto.