Vida de Cão
Autor: Márcio Kabke Pinheiro - GSR
Esta não tem muito a ver com informática (apesar dos avanços da fotografia digital, que tem permitido economia de dinheiro em filmes, gasto de dinheiro com as caras maquininhas e perda de tempo distorcendo as fotos dos amigos no micro), mas é divertida demais prá ser desperdiçada. Principalmente porque, por incrível que pareça, é real.
Cenário: uma cidade do interior gaúcho, nem tão pequena, mas, enfim, do interior. Uma dama da sociedade local resolve bater algumas fotos de sua cadelinha poodle, para exibir às amigas e, quem sabe, fazer o bichinho aparecer em alguma coluna de jornal. Na época, era moda pintar os pobres poodles de diversas cores, ao invés de manter os mesmos na cor branca natural (eu sei, existem poodles pretos e marrons, mas estes não se prestavam ao "tingimento"). Então, surgiam aquelas "maravilhas", aqueles poodles cor-de-rosa (que pareciam um algodão-doce quadrúpede), azuis...e, claro, a dona resolveu entrar na onda, mas, claro, não podia ser igual às das amigas. E pintou a animalzinha de verde. Ficou lindinha, parecia um tijolo de sorvete de pistache. E a dona tirou várias fotos do pobre animal, em diversas poses e locais da casa.
Acabada a operação fotográfica, lá foi a dona deixar o filme para revelação, solicitando algumas cópias ampliadas das fotos que ela julgava melhores. Passaram-se um, dois, três dias, e nada do estúdio ligar de volta. Ela foi lá para perguntar o que tinha ocorrido. A atendente respondeu:
- É um pequeno atraso, tivemos um probleminha com a revelação, mas logo as fotos deverão ficar prontas.
A dona aceitou as desculpas e voltou para casa. Passaram-se mais quatro dias e nada. Ela voltou à loja, já meio impaciente, e novamente a atendente lhe disse:
- Pedimos mil desculpas, novamente, mas estamos com alguma dificuldade...
- Mas aconteceu alguma coisa, o filme foi estragado?
- Não, são alguns probleminhas técnicos, mas a senhora pode ter certeza que brevemente as fotos estarão prontas...
Ela voltou novamente para casa. Depois de mais uma semana de atraso, ela voltou enfurecida à loja, solicitando conversar com o gerente. O atendente chamou o gerente, conversou com o mesmo e se retirou. O gerente veio, com uma expressão triste e cansada:
- A senhora é a dona do filme com as fotos do poodle, não?
- Sou sim. E exijo uma explicação sobre tamanha demora para receber as fotos!
- Bem, vou contar a verdade para a senhora. Já revelamos o filme, reproduzimos o mesmo manualmente e em duas máquinas diferentes, tentamos outro laboratório, chamamos o técnico especializado, e há dois dias mandamos os negativos para o laboratório do fabricante do filme em Porto Alegre. Mas, infelizmente, o melhor resultado que conseguimos até agora foi deixar a cor do seu poodle marrom, pois por algum motivo na maioria das fotos ele sai totalmente verde...
Esta não tem muito a ver com informática (apesar dos avanços da fotografia digital, que tem permitido economia de dinheiro em filmes, gasto de dinheiro com as caras maquininhas e perda de tempo distorcendo as fotos dos amigos no micro), mas é divertida demais prá ser desperdiçada. Principalmente porque, por incrível que pareça, é real.
Cenário: uma cidade do interior gaúcho, nem tão pequena, mas, enfim, do interior. Uma dama da sociedade local resolve bater algumas fotos de sua cadelinha poodle, para exibir às amigas e, quem sabe, fazer o bichinho aparecer em alguma coluna de jornal. Na época, era moda pintar os pobres poodles de diversas cores, ao invés de manter os mesmos na cor branca natural (eu sei, existem poodles pretos e marrons, mas estes não se prestavam ao "tingimento"). Então, surgiam aquelas "maravilhas", aqueles poodles cor-de-rosa (que pareciam um algodão-doce quadrúpede), azuis...e, claro, a dona resolveu entrar na onda, mas, claro, não podia ser igual às das amigas. E pintou a animalzinha de verde. Ficou lindinha, parecia um tijolo de sorvete de pistache. E a dona tirou várias fotos do pobre animal, em diversas poses e locais da casa.
Acabada a operação fotográfica, lá foi a dona deixar o filme para revelação, solicitando algumas cópias ampliadas das fotos que ela julgava melhores. Passaram-se um, dois, três dias, e nada do estúdio ligar de volta. Ela foi lá para perguntar o que tinha ocorrido. A atendente respondeu:
- É um pequeno atraso, tivemos um probleminha com a revelação, mas logo as fotos deverão ficar prontas.
A dona aceitou as desculpas e voltou para casa. Passaram-se mais quatro dias e nada. Ela voltou à loja, já meio impaciente, e novamente a atendente lhe disse:
- Pedimos mil desculpas, novamente, mas estamos com alguma dificuldade...
- Mas aconteceu alguma coisa, o filme foi estragado?
- Não, são alguns probleminhas técnicos, mas a senhora pode ter certeza que brevemente as fotos estarão prontas...
Ela voltou novamente para casa. Depois de mais uma semana de atraso, ela voltou enfurecida à loja, solicitando conversar com o gerente. O atendente chamou o gerente, conversou com o mesmo e se retirou. O gerente veio, com uma expressão triste e cansada:
- A senhora é a dona do filme com as fotos do poodle, não?
- Sou sim. E exijo uma explicação sobre tamanha demora para receber as fotos!
- Bem, vou contar a verdade para a senhora. Já revelamos o filme, reproduzimos o mesmo manualmente e em duas máquinas diferentes, tentamos outro laboratório, chamamos o técnico especializado, e há dois dias mandamos os negativos para o laboratório do fabricante do filme em Porto Alegre. Mas, infelizmente, o melhor resultado que conseguimos até agora foi deixar a cor do seu poodle marrom, pois por algum motivo na maioria das fotos ele sai totalmente verde...